Briana Erica Vera Gonzales é uma jovem líder brilhante e inspiradora do Peru que participou do prestigioso Yale International Relations Leadership Institute (YIRLI). Lá, ela explorou o mundo da diplomacia, liderança global e cooperação internacional, uma jornada que expandiu seus sonhos além das fronteiras.

Ela é a fundadora e CEO da Heartful English, uma organização sem fins lucrativos que leva inglês, arte e alegria para crianças com câncer. Embora seu coração esteja voltado para se tornar uma educadora, o YIRLI abriu seus olhos para o poder da política e da mudança global.

Por que me candidatei ao YIRLI

Descobri o programa através de alguém que conheci no Cometa Camp. Ela compartilhou sua experiência com tanta paixão que despertou minha curiosidade. Na época, eu nunca tinha me candidatado a um programa focado em relações internacionais, pois sempre senti que não era realmente para mim. Mas conforme li os detalhes do programa e todas as atividades envolvidas, pensei... por que não tentar?

O que realmente chamou minha atenção foi que não se limitava às relações internacionais. Também incluía preparação para o Model United Nations (MUN), uma habilidade que nunca tive a oportunidade de desenvolver na minha escola em Arequipa. A ideia de fortalecer essas habilidades, orientada por mentores com experiência na Yale University, parecia incrível. Adorei como o programa era tão dinâmico; ia além de uma única área, abrindo portas para múltiplos campos de crescimento. Além disso, o fato de incluir uma visita à ONU me inspirou ainda mais.

Minha Experiência: Saindo da Minha Zona de Conforto

No início, eu estava assustada. Eu não tinha muita experiência, e isso me preocupava bastante. Quando fui aceita no programa, eles criaram um grupo de chat, e conforme eu lia os perfis dos meus colegas, percebi quanta experiência muitos deles tinham em diplomacia. Entrei em pânico um pouco porque não tinha nada parecido no meu currículo. Então, comecei a pesquisar sobre o assunto, aprender as regras básicas e até entrar em contato com alguns dos meus colegas participantes, especialmente os estudantes internacionais.

Na Universidade de Yale

Quando finalmente cheguei, tudo parecia diferente do que eu havia imaginado. Pensei que seria super rigoroso, acelerado e intenso desde o primeiro dia. Mas, mesmo o programa sendo curto, os mentores conduziram o processo de aprendizagem de forma tão boa. Em vez de pularmos direto para os debates, tivemos oficinas e sessões de prática antes. Essa estrutura tornou possível aprender e se preparar gradualmente, e nunca pareceu apressado, apesar de durar apenas uma semana. Eu realmente apreciei o quão bem organizado foi tudo.

Antes de participar, achei que me sentiria tímida demais ou insegura para debater — especialmente em inglês. Não é fácil conectar ideias em um idioma que não é o seu. Mas os mentores entenderam isso perfeitamente. Na verdade, cerca de 80% dos participantes eram estudantes internacionais, e apenas alguns eram americanos. Essa consciência criou um ambiente onde podíamos aprender sem medo, e me fez perceber que eu era capaz de muito mais do que pensava.

Como o YIRLI Abriu Novos Caminhos para o Meu Futuro

O programa abriu portas para novos interesses que eu nunca tinha imaginado para mim. Sempre pensei que a diplomacia não era para mim, principalmente porque nunca tive a oportunidade de explorá-la. Mas quando os mentores começaram a compartilhar suas trajetórias profissionais, isso não parecia mais tão distante. Percebi que poderia realmente combinar relações internacionais com educação, algo pelo qual sou profundamente apaixonada. Foi então que descobri o campo de Assuntos Globais, uma carreira ampla, multidisciplinar e não totalmente focada na política. Adorei essa flexibilidade e agora estou considerando seguir esse caminho.

Simulação do Modelo das Nações Unidas

Um dos destaques para mim foi a simulação do Modelo das Nações Unidas. Em Arequipa, minha primeira e única experiência com o MUN me deixou pensando: Isso não é para mim. Mas em New Haven, foi completamente diferente, respeitoso, envolvente e inclusivo. Mesmo durante o debate aberto, não houve discussões acaloradas; todos tiveram espaço para compartilhar suas perspectivas. Isso mudou completamente minha percepção e me inspirou a dar outra chance ao MUN. Agora, adoraria me juntar a uma delegação da ONU no futuro, quando estiver na universidade.

O YIRLI também ampliou minha visão de mundo de maneiras que eu não esperava. A variedade de palestras que tivemos, desde um graduado do MIT discutindo Inteligência Artificial até uma médica formada em Harvard falando sobre direitos das mulheres e sua luta para estudar em um país onde o acesso à educação é extremamente limitado — deixou um impacto duradouro em todos nós. Essas conversas não apenas enriqueceram minha perspectiva acadêmica; elas também transformaram minha visão pessoal, mostrando-me que essas questões globais estão conectadas à minha própria origem e identidade.

Desafio de Impacto Global

Uma das atividades mais importantes e significativas do programa foi o Desafio de Impacto Global. Fomos divididos em equipes de quatro a cinco alunos, e cada grupo recebeu um desafio global relacionado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Nossos mentores forneceram uma lista de tópicos — uma vez definidos os temas, trabalhamos juntos pelos próximos quatro dias, nos reunindo todas as tardes, nos agrupando em torno de nossos laptops, organizando nossas ideias e preparando nossas apresentações. No último dia, apresentamos nosso trabalho aos mentores, que reconheceram o projeto melhor pesquisado, bem apresentado e mais sustentável.

Sempre adorei falar e apresentar, mas esta foi a primeira vez que eu faria isso em inglês, em um ambiente completamente novo, diante de mentores ilustres e tantos alunos. Tivemos muito pouco tempo para nos preparar, o que me forçou a pensar rapidamente em inglês e aprimorar minha habilidade de desenvolver ideias no momento. Esse desafio me fez perceber que não era tão difícil quanto eu imaginava. Comecei a confiar mais em mim mesma — eu tinha subestimado tanto minhas habilidades que duvidava que pudesse fazê-lo. Mas quando me levantei para falar, realmente gostei, especialmente porque nosso tópico estava relacionado à educação, algo com que me importo.

Conselhos e Dicas: Por Que Você Deve Se Candidatar

Eu sei exatamente como é duvidar de si mesmo. Pouco antes de me candidatar ao YIRLI, eu havia sido rejeitada de um programa no qual tinha investido tanto tempo e energia. Me senti desanimada, convencida de que não seria selecionada para mais nada. Foi quando a síndrome do impostor se instalou.

Mas percebi algo importante: todo o tempo que passei trabalhando nos meus ensaios e vídeos não tinha sido em vão. Na verdade, eu gostei do processo, de fazer brainstorming de ideias, falar sobre meus projetos e editar minhas respostas. Então, quando vi as perguntas para a candidatura do YIRLI, já tinha respostas se formando na minha cabeça, e isso me deu o impulso que eu precisava para continuar.

Quase todos pareciam ter experiência em diplomacia, enquanto eu não tinha. Nos meus ensaios, simplesmente expliquei que nunca tive a oportunidade de participar desses espaços, mas estava ansiosa para aprender. Eles entenderam completamente. Eu era uma das poucas sem experiência prévia, e isso não me impediu.

Dê o seu melhor, seja honesto

Compartilhe sua história, seus sentimentos, seus desafios, suas esperanças. Este programa não está aqui para julgá-lo; está aqui para ajudá-lo a crescer. Se você quer se candidatar, mas sente que "não tem experiência suficiente", faça mesmo assim. Os ensaios não são sobre listar credenciais; são sobre mostrar quem você é como pessoa.

Não subestime a si mesmo e não tenha medo de mergulhar em algo novo. Você pode se surpreender, assim como eu me surpreendi. E no final, tudo deu certo, o que só me deixa mais animada para continuar tentando coisas novas!