Olá! Meu nome é Maria Clara e sou uma estudante brasileira de 19 anos de Fortaleza, Ceará. Esta é a história da minha jornada para a Universidade Harvard!

Minha Origem

Embora eu tenha nascido no Ceará, passei muito tempo em outra cidade chamada Potengi. Foi lá que eu realmente me formei como pessoa. Por ser um lugar pequeno, no entanto, oferecia oportunidades limitadas para as pessoas que viviam lá.

Outro aspecto importante da minha vida foi minha escola. Estudei no Colégio Militar de Fortaleza, uma renomada escola militar no Brasil, desde o ensino fundamental até o último ano do ensino médio. Minha escola forneceu um apoio inestimável durante minha jornada para me candidatar a universidades no exterior, oferecendo excelentes oportunidades extracurriculares - algo raro no Brasil - e, embora não soubessem muito sobre o processo de candidatura, eles ofereceram ajuda com os documentos.

Por que estudar no exterior?

Eu sempre fui o tipo de pessoa que adora explorar novas culturas, viajar e muito mais. Desde jovem, sonhava em estudar no exterior, e por volta dos 12 ou 13 anos, até implorei à minha mãe para me deixar passar um ano estudando em outro país. No entanto, isso não aconteceu - principalmente devido aos altos custos e, mais tarde, por causa da pandemia.

Contudo, durante a pandemia, comecei a pesquisar seriamente oportunidades de estudar no exterior e encontrei vários sites oferecendo orientação. Além disso, meu irmão mais velho, que estudou em uma prestigiada instituição brasileira chamada ITA, ficou ciente de muitas pessoas que haviam feito programas de graduação sanduíche ou mestrado no exterior e viu os benefícios dessas experiências. Com essa perspectiva, ele apoiou totalmente minha decisão de estudar fora.

O fator principal, no entanto, foi meu próprio interesse. Eu era apaixonada por estudar relações internacionais, debates e política, e sabia que seria difícil explorar plenamente essas áreas no Brasil, especialmente em Fortaleza. Por exemplo, apenas uma universidade em Fortaleza oferece um programa de relações internacionais.

Entre as opções, escolhi os EUA

No final, escolhi os EUA devido às maiores oportunidades de bolsas de estudo. No entanto, eu também havia considerado me candidatar à UBC, a Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá. Mas como me candidatei por decisão antecipada a Harvard, gerenciar os prazos se tornou desafiador, e acabei me candidatando apenas a Harvard.

Por que Harvard?

Quando eu estava no nono ano no Brasil, equivalente ao primeiro ano do ensino médio nos EUA, entrei para o Clube de Relações Internacionais da minha escola. Foi lá que descobri minha paixão por debate, política global e muito mais. Minha escola, junto com outras 15 escolas militares no Brasil, seleciona um aluno de cada escola para participar do Harvard MUN, uma simulação de Modelo das Nações Unidas em Harvard. Este é um processo competitivo, e o aluno escolhido recebe uma bolsa integral.

Como eu estava profundamente envolvida no clube, tornou-se meu sonho me tornar presidente. No meu segundo ano do ensino médio, alcancei esse objetivo. No início do meu terceiro ano, fui selecionada para representar minha escola no Harvard MUN.

Foi através da oportunidade de participar do Harvard MUN que meu sonho de estudar em Harvard começou. Depois disso, também participei do Programa de Bolsistas de Relações Internacionais da Universidade de Harvard com uma bolsa integral. Embora o programa tenha sido online, meu interesse por Harvard só aumentou.

Um dos destaques foi ter a chance de assistir a uma aula real de Harvard, onde tive a oportunidade de ouvir a aula de economia do Professor Jason Furman. Depois, pensei comigo mesma: 'Não quero que esta seja a última aula que vejo deste professor; quero assistir à aula dele novamente.'

Estatísticas

Eu obtive uma pontuação de 1530 no SAT, com 780 em matemática e 760 em inglês. Para o meu teste de proficiência em inglês, fiz o TOEFL e marquei 112 de 120. Por fim, minha nota média (GPA) foi de 9,52 em 10.

Atividades Extracurriculares

Minha primeira atividade extracurricular foi minha organização socioambiental chamada 'Construindo Futuro'. Foi um projeto que co-fundei com um amigo, com o objetivo de disseminar educação sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e movimentos em comunidades brasileiras. O projeto alcançou mais de 7.000 jovens em todo o Brasil, em 17 estados brasileiros e em 15 países.

Minha segunda atividade extracurricular foi o Clube de Relações Internacionais da minha escola. Como mencionei, entrei no nono ano e, no segundo ano do ensino médio, me tornei diretora do Secretariado. No último ano, fui eleita presidente do clube. Nessa função, organizei três simulações internas na minha escola e coordenei o maior MUN de Fortaleza para estudantes do ensino médio. Também organizei o primeiro MUN em inglês em Fortaleza. E todas as quintas-feiras, eu dava aulas sobre como se destacar nas simulações, e também realizávamos sessões simuladas.

Através do meu envolvimento e impacto no clube, tive a oportunidade de participar do HMUN e viajei extensivamente pelo Brasil para representar minha escola em conferências MUN.

Também trabalhei com uma organização chamada Diplomun, que se concentra principalmente em simulações MUN. Nessa função, planejei workshops relacionados a liderança, soft skills, boot camps e muito mais. Entrei na Diplomun no meu segundo ano e, hoje, a organização é considerada a maior organização de simulação MUN da América Latina. Também atuei como mentora para estudantes interessados em participar do HMUN e YaleMUN. A cada ano, ensino de 50 a 60 alunos como se destacar em simulações MUN.

Por fim, também participei de atividades extracurriculares relacionadas a olimpíadas. Fundei um clube de ciências na minha escola e juntos participamos da Olimpíada de Ciências.

Preparação e Dicas

Como descobri o processo de candidatura cedo, tive bastante tempo para me preparar. No meu segundo ano do ensino médio, já havia decidido me candidatar por decisão antecipada a Harvard, então trabalhei na construção de um perfil estratégico alinhado com as expectativas deles.

Desenvolvi meu perfil ao longo dos três anos do ensino médio, mas a preparação se intensificou durante o último ano. Estudei para o SAT e o fiz em agosto, e paralelamente, também me preparei e concluí o TOEFL.

A primeira dica que eu daria é construir uma identidade forte para sua candidatura. Certifique-se de que tudo - seu personal statement, redações suplementares e cartas de recomendação - se conecte e reflita uma história coesa sobre quem você é.

A segunda dica é buscar o máximo de feedback possível de estudantes que já frequentam a universidade. Não seja tímido - entre em contato e peça suas opiniões e conselhos! Afinal, eles já passaram por esse processo, então quem seria melhor do que eles?

Para o SAT, comece a estudar o mais cedo possível. Além disso, leia extensivamente para se familiarizar com o vocabulário do SAT e melhorar suas habilidades de compreensão.

Auxílio Financeiro

Harvard oferece uma política de atendimento integral às necessidades financeiras para estudantes internacionais, então eu só precisei me candidatar ao auxílio financeiro através do CSS Profile e recebi uma bolsa de estudos integral junto com minha carta de aceitação!