Minha História
Olá a todos! Meu nome é Pashmin e sou persa-indiana. Cresci no Qatar, um país no Oriente Médio, e passei a maior parte da minha infância na capital, Doha. Estudei na Oryx International School, onde sempre fui curiosa e ansiosa para explorar novas oportunidades, seja no aprendizado, na criação ou na liderança.
Embora eu tivesse muitas opções localmente, logo percebi que o caminho que eu realmente queria seguir simplesmente não estava disponível no Qatar. Foi então que a ideia de estudar no exterior começou a me empolgar, uma chance de sair da minha zona de conforto, ganhar novas perspectivas e abraçar plenamente oportunidades que eu poderia não encontrar em casa. Quando comecei a pesquisar universidades, considerei lugares no Reino Unido, Nova Zelândia, Austrália e até mesmo no próprio Qatar, avaliando cuidadosamente cada opção enquanto imaginava o próximo capítulo da minha vida.

Meu Processo de Candidaturas
Quando chegou a hora de começar minhas candidaturas, acabei me inscrevendo em 12 universidades. Sei que isso pode parecer muito (a maioria das pessoas ao meu redor estava se candidatando a 5-8), mas eu queria manter minhas opções abertas e explorar todas as possibilidades.
Esperar pelas respostas foi, honestamente, de enlouquecer. Cada notificação parecia um mini ataque cardíaco, e eu me pegava verificando minha caixa de entrada constantemente, esperando por boas notícias. Foi uma mistura de empolgação e ansiedade, e mesmo que tenha sido estressante às vezes, o processo me ensinou muito sobre paciência e resiliência.
Por que escolhi estudar no exterior
Uma das maiores perguntas que recebi durante todo esse processo foi: "Por que não ficar no Catar?" E, honestamente, o Catar me deu tanto. É onde cresci, onde estudei e onde realmente encontrei minha voz. Mas para a universidade, eu queria algo diferente. Vivi no Catar toda a minha vida e, embora o conforto fosse agradável, também se tornou uma espécie de bolha que me protegia de cometer erros e aprender com eles.
Além disso, o curso específico de design de produto que eu queria estudar (no padrão que eu esperava) simplesmente não era oferecido localmente. Então, ir para o exterior não era apenas sobre independência e novas perspectivas, era também sobre me imergir totalmente na área e perseguir meu interesse no mais alto grau. O Catar sempre será meu lar, mas eu sabia que precisava sair dele para crescer.
Como Escolhi Minha Universidade
No início, eu (como tantos outros) pensei em me candidatar a Oxbridge ou à Ivy League. Mas logo percebi que o prestígio por si só não garante o curso "certo". Muitas pessoas tentaram me convencer de que o prestígio era tudo, mas posso prometer que não é. O que mais importa é encontrar uma universidade que realmente se adapte a você, e com mais de 21.000 instituições ao redor do mundo, definitivamente há uma perfeita para cada um.
Strathclyde marcou todos os pontos certos: uma forte reputação em design, excelentes conexões com a indústria, uma oportunidade de bolsa de estudos e um caminho único que me permitiu entrar diretamente no segundo ano. Isso significava completar meu BSc em apenas três anos em vez de quatro, e obter meu MSc com apenas um ano adicional, terminando ambos os diplomas em um total de quatro anos em vez dos habituais cinco. Escolher um programa que fosse prático e alinhado com meus objetivos parecia muito mais significativo do que simplesmente perseguir uma instituição de renome.
Meu mantra durante todo esse processo tornou-se: "nós podemos escolher para onde vamos" e com a pesquisa certa, você pode fazer essa escolha com confiança.

O Que Fez Minha Candidatura Se Destacar
Além dos meus prêmios de DT, algumas coisas realmente fortaleceram minha candidatura:
Excelência comprovada em DT: Alcancei a nota mais alta do IGCSE no Oriente Médio e obtive 100% no meu trabalho de curso.
Papéis de liderança: Ser líder das meninas e ocupar várias posições de capitã destacou meu senso de responsabilidade e trabalho em equipe.
Impacto social: Iniciei um pequeno negócio vendendo pinturas personalizadas e doei os lucros para abrigos de animais, o que demonstrou iniciativa e valores.
Equilíbrio entre atividades acadêmicas e extracurriculares: Combinei notas fortes com compromissos significativos fora da sala de aula.
Uma coisa que aprendi é que a parte mais difícil não é apenas listar conquistas, mas mostrar à universidade como seus valores se alinham com os deles. Especialmente para bolsas de estudo, o foco pode mudar, algumas podem ser baseadas em criatividade, outras orientadas para esportes ou focadas em aspectos acadêmicos. A chave é adaptar sua história à linguagem deles.

Meu Modelo de Pesquisa
Quando eu estava escolhendo e reduzindo a lista de universidades, criei uma lista de verificação simples para pesquisa que recomendo a todos os candidatos:
Nome e localização da universidade: Pense sobre o clima, transporte, lojas próximas e a cultura local.
Detalhes do curso: Observe atentamente os módulos, estúdios, projetos, estágios e acreditações.
Taxas e bolsas de estudo: Compare as mensalidades, custos de vida e oportunidades de bolsas.
Processo de admissão: Verifique os prazos, requisitos de portfólio, entrevistas e testes (como o IELTS).
Requisitos extras: Fique atento aos pré-requisitos das disciplinas, portfólios, entrevistas ou testes de inglês.
Empregabilidade: Pesquise sobre os resultados dos graduados, conexões com a indústria e oportunidades de estágio.
Adequação pessoal: Considere o ambiente do campus, a vida na cidade, os serviços de apoio e a duração do curso.
Eu comparei todas as universidades com esses critérios e lentamente reduzi uma lista ampla para uma lista mais focada. Isso me ajudou a tomar uma decisão confiante sobre onde eu me desenvolveria melhor.
Alguns Contratempos Comuns que Enfrentei
Frequentemente, eu percebia que alguns sites de universidades não tinham informações suficientes, ou que as diferenças de fuso horário dificultavam agendar conversas por telefone. Nesses casos, o melhor é enviar um e-mail para o escritório de admissões e pedir esclarecimentos. Nem sempre é viável fazer ligações, então encontre outras maneiras de contornar isso. Não tenha vergonha de entrar em contato com as universidades; é trabalho delas te ajudar, e seu trabalho é fazer o melhor para encontrar todas as informações que você precisa.
Claro, algumas universidades podem te fazer ofertas que parecem boas no papel, mas não se encaixam bem pessoalmente, então é importante saber em que basear sua decisão. Também é fundamental começar seu processo de candidatura cedo - eu tive dificuldade em equilibrar provas, pesquisas e inscrições ao mesmo tempo. Isso inclui ter todos os seus documentos prontos: históricos escolares, referências, material de portfólio, e fazer quaisquer testes adicionais que sua universidade ou curso possa exigir.
Palavras Finais
Deixe de lado o medo de não ser "bom o suficiente" para se candidatar a uma determinada universidade ou curso. Candidate-se de forma ambiciosa e honesta, dando o seu máximo esforço para que não se arrependa do trabalho que realizou. Comunique-se com as universidades quando tiver dúvidas para que elas possam (e irão) te apoiar. Mas o mais importante: escolha uma universidade que sirva ao seu caminho profissional, não apenas um nome em uma lista.

Eu não tinha minha vida planejada aos 16 ou 17 anos (ninguém tem), mas você encontra sua direção tentando, pesquisando e fazendo perguntas, para que você também possa sair da sua zona de conforto e partir para coisas maiores e melhores!