Meu nome é Elnara e sou do Azerbaijão. Fui estudante de intercâmbio em Dakota do Sul (Estados Unidos) durante 2024-2025, e aqui está a minha história!
Como Descobri o FLEX
A primeira vez que ouvi falar sobre o programa FLEX, não percebi completamente o quanto ele mudaria minha vida. Tudo começou quando uma ex-aluna veio à nossa escola para fazer uma apresentação sobre sua experiência. Lembro-me de estar sentada lá, absolutamente maravilhada, sentindo algo despertar dentro de mim. Assim que a sessão terminou, rapidamente anotei "FLEX" no meu caderno.
Desde criança, sempre sonhei em estudar no exterior, especialmente nos Estados Unidos. Eu queria explorar uma nova cultura, construir conexões significativas, crescer como indivíduo e, o mais importante, sair da minha zona de conforto. Eu tinha assistido a todos os filmes de ensino médio e me imaginava andando por aqueles longos corredores da escola, indo a jogos de futebol americano, participando de clubes... Tudo parecia um sonho. Então, quando soube do FLEX, sabia que tinha que tentar. Sim, eu tinha minhas dúvidas (afinal, é um programa incrivelmente competitivo), mas toda vez que fechava os olhos, me imaginava como finalista. Essa imagem me impulsionava e me mantinha motivada.
O Processo de Candidatura
O processo de candidatura foi tão intenso quanto eu esperava, mas também empolgante. Ele tinha três etapas: a primeira envolvia informações básicas e alguns ensaios. Eu estava nervosa, mas determinada a mostrar meu potencial. Depois veio o teste de inglês, que achei administrável graças aos meus anos de prática de gramática e vocabulário. E então (a parte mais emocionante) a terceira rodada! Tornar-se uma semifinalista já era um grande feito. Tivemos entrevistas, escrevemos mais ensaios e até escrevemos uma carta para nossa potencial família anfitriã. Adorei esse detalhe — parecia tão real!
Não fiz nada extraordinário para me preparar. Honestamente, acho que as principais habilidades necessárias são um inglês razoável (não precisa ser perfeito!) e disposição para se expressar através da escrita. Paixão e autenticidade fazem muita diferença.
Quando recebi a ligação dizendo que eu era uma alternativa, meus sentimentos eram mistos. Estava orgulhosa de mim mesma, mas incerta sobre o que o futuro reservava. Algumas semanas depois, recebi outra ligação... Eu era oficialmente uma finalista! Chorei lágrimas de felicidade. Foi um dos momentos mais inesquecíveis da minha vida.
Despedidas e Novos Começos
Os dias que antecederam minha partida foram cheios de emoção. Fazer as malas, abraçar meu irmão enquanto ele dizia que sentiria minha falta, olhar para meus pais uma última vez antes de passar pela segurança... tudo isso foi agridoce. Mas também foi lindo. Eu estava prestes a iniciar uma jornada que mudaria minha vida.
Quando descobri que seria colocada em South Dakota, serei honesta: eu não sabia muito sobre o lugar. Mas pesquisei no Google, e a primeira coisa que vi foi o Monte Rushmore. Fiquei boquiaberta. "Eu vi isso no meu livro didático!" Não podia acreditar que veria pessoalmente. Quanto mais eu pesquisava sobre Sioux Falls, minha cidade anfitriã, mais animada eu ficava.
Minha família anfitriã tinha experiência com estudantes de intercâmbio e me recebeu de braços abertos. Desde o início, eles se certificaram de que eu me sentisse parte da família. Eram calorosos, gentis e ansiosos para aprender sobre minha cultura também. Criar laços com eles foi natural, e sempre vou valorizar as memórias que compartilhamos.
Uma das diferenças culturais que mais me chamou a atenção foi o quão amigáveis eram os estranhos. Pessoas que eu não conhecia diziam olá, iniciavam conversas casuais na loja e genuinamente tentavam ajudar. Outra surpresa? As porções de comida! Tudo era muito maior do que eu estava acostumada! Além disso, o espírito escolar aqui é real. Voluntariado, times esportivos, clubes... havia um verdadeiro senso de orgulho e envolvimento que eu nunca tinha visto antes.
Um Novo Tipo de Vida Escolar
No Azerbaijão, a escola era mais focada em questões acadêmicas. Não tínhamos tantas opções extracurriculares. Mas aqui nos EUA, havia tantas aulas e clubes! Escolhi minhas aulas logo após chegar (sim, ainda com jet lag!). Minha orientadora me ajudou a escolher de uma longa lista de eletivas: cerâmica, fotografia, anuário... Eu não podia acreditar que essas eram matérias de verdade! Minhas favoritas do primeiro semestre foram cerâmica e teatro; depois, eu absolutamente adorei sociologia e coral. Eu nunca tinha feito aulas como essas antes, mas meus professores foram muito solidários.
O sistema de notas também era diferente. No Azerbaijão, usamos uma escala de 1 a 5. Aqui, são letras (de A a F), mas ambos são baseados em porcentagens. Levou um tempo para me ajustar, mas me saí bem.
Também me envolvi em clubes escolares e voluntariado. Entrei para o FBLA, HOSA, e participei da peça de um ato do departamento de teatro. Até ganhamos um prêmio superior no Festival Anual de Um Ato na SDSU! Ao longo do ano, fiz um total de 76 horas de voluntariado, o que me fez sentir fortemente conectada à minha comunidade.
Amizades Que Duram Para Sempre
Fazer amigos em um ambiente totalmente novo foi ao mesmo tempo empolgante e um pouco intimidante. No início, parecia que todos já tinham seus próprios grupos de amigos, e eu tive que me esforçar para encontrar pontos em comum. Barreiras linguísticas e diferenças culturais ocasionalmente tornavam as coisas complicadas, mas eu continuei me expondo. Participar de clubes, dizer sim a novas experiências e tomar a iniciativa me ajudaram a construir lentamente conexões reais e duradouras.
Algumas das minhas memórias favoritas com meus amigos americanos incluem jogar no Powderpuff, assar cookies de chocolate juntos, apresentar uns aos outros diferentes comidas, rir descontroladamente e compartilhar aqueles pequenos momentos inesquecíveis. Sei que manteremos contato e, espero, nos encontraremos novamente no futuro.
Como o FLEX Me Mudou
O programa FLEX me mudou de mais maneiras do que posso contar. Ele me deu uma segunda família do outro lado do mundo. Me ajudou a me tornar mais adaptável, independente e de mente aberta. Me ensinou a tomar iniciativa, a superar o desconforto e a abraçar novos ambientes.
Aprendi habilidades práticas de vida como gerenciar dinheiro, usar ferramentas tecnológicas da escola e me comunicar apesar das barreiras linguísticas. Também percebi que amizades significativas podem se formar em qualquer lugar, mesmo em apenas um ano. Não deixe que a ideia de "é temporário" impeça você de abrir seu coração.
O FLEX me ajudou a me ver como uma cidadã global. Moldou a forma como penso, como interajo com as pessoas e o que quero para o meu futuro. Me deu confiança e me ajudou a perceber que nenhum sonho é grande demais se você estiver disposta a trabalhar por ele.
Aos Futuros Candidatos:
Se você está pensando em se candidatar ao FLEX, aqui está o meu conselho:
Seja honesto.
Seja proativo.
Seja VOCÊ MESMO.
Não tenha medo. Dê o salto. Esta pode ser a sua chance de realizar o seu sonho americano adolescente: assim como eu fiz!
