Minha Origem
Sou Anna, sou da Armênia. Estudei no Colégio Francês na Armênia — não um ensino médio tradicional, mas mais como uma faculdade especializada. Eu estava estudando finanças, e esse ambiente acadêmico me ajudou a esclarecer meu caminho futuro desde cedo. Eu sabia o que queria fazer quando chegasse a hora de me candidatar às universidades, e a faculdade teve um papel importante nisso.
Por que estudar no exterior?
A ideia de estudar no exterior sempre me fascinou, desde os meus primeiros anos de adolescência. Eu continuava vendo vídeos nas redes sociais sobre pessoas estudando em outros países e isso despertou meu interesse. Eventualmente, comecei a conhecer pessoas reais que haviam estudado no exterior e a ouvir suas experiências em primeira mão. Foi então que percebi: Eu quero isso também.
No último ano da faculdade, decidi me candidatar. Eu disse a mim mesma: se eu for aceita, irei. Se não, tirarei um ano sabático e tentarei novamente. Felizmente, fui aceita na universidade que eu queria, e aqui estou eu.
Por que a Europa? Escolhendo a Universidade de Bolonha
Escolhi a Europa devido à sua acessibilidade, ambiente amigável para estudantes e oportunidades de bolsas. A Itália se destacou em particular — possui alguns dos melhores programas de auxílio financeiro para estudantes internacionais na Europa. Me candidatei a várias universidades na Itália e uma em Viena, Áustria. Fui aceita em todas elas, mas acabei escolhendo a Universidade de Bolonha. Por quê? Porque recebi uma bolsa de estudos, a universidade é uma das instituições de ensino superior mais antigas da Europa, e sua faculdade de Economia e Finanças é muito respeitada. Tudo simplesmente se alinhou.
Processo de Candidatura: Estatísticas, Redações (ou não?)
A candidatura para Bolonha foi relativamente simples — muito baseada em estatísticas, diferente do sistema dos EUA. Eu precisei de:
Pontuação no SAT: 1320
Pontuação no TOEFL: 100
GPA alto: 19,8 de 20 na escala da minha faculdade
Sem redações. Sem cartas motivacionais. Sem necessidade de atividades extracurriculares. Apenas pontuações de testes e desempenho acadêmico. Foi mais simples — mas ainda competitivo. Não fui aceita na primeira rodada, mas continuei tentando e fui aceita na segunda.
Atividades Extracurriculares
Embora Bolonha não exigisse atividades extracurriculares, eu tinha muitas:
Conselheira Financeira na ONG Yerevan Model United Nations, auxiliando na divulgação para patrocinadores e na organização da conferência do Model United Nations.
Membro da Equipe de Liderança Infantil, defendendo os direitos das crianças — nossa pesquisa sobre saúde mental infantil nas escolas armênias foi publicada em 2024.
Conselheira Jovem no grupo consultivo juvenil do Global Campus of Human Rights — Como conselheira jovem, estou ajudando novos líderes infantis na CLT em novos projetos e iniciativas.
Apesar de estudar finanças, sempre estive envolvida em diplomacia e advocacia. Acredito em combinar interesses — finanças por si só podem ser monótonas, mas quando você as usa para capacitar causas, elas se tornam significativas.
Auxílio Financeiro e Bolsas de Estudo
A Itália possui um excelente sistema para estudantes internacionais no que diz respeito a auxílio financeiro. Cada região tem sua própria autoridade que lida com bolsas de estudo. Você se candidata com base no seu valor ISEE, que é calculado a partir da renda da sua família, propriedades e informações bancárias.
Como a Borderless Me Ajudou
Na verdade, descobri a Borderless através do TikTok quando estava começando a pensar em estudar no exterior. No início, eu estava pensando em me candidatar aos EUA, mas percebi que não tinha atividades extracurriculares ou notas suficientes para as melhores universidades — a menos que tirasse um ano sabático.
A Borderless me ajudou a entender isso. Os vídeos me fizeram pensar de forma mais realista. Veronica (a fundadora da Borderless) explicou tudo muito claramente — como os requisitos de diferentes países, como são seus sistemas e que tipo de estudantes eles procuram.
A partir daí, comecei a pensar na Europa e a procurar plataformas onde pudesse explorar mais opções. A Borderless me ajudou a ver que existem muitas oportunidades fora dos EUA — e isso realmente moldou toda a minha jornada.
Vida Estudantil em Bolonha
Eu adoro a vida estudantil em Bolonha. Foi muito acolhedora desde o início. Não tive dificuldade alguma para me integrar — há tantos eventos para estudantes internacionais.
Por exemplo, eu fui às Babel Nights, onde há salas para diferentes idiomas como inglês, italiano e outros — então você pode praticar conversação e conhecer novas pessoas. Também existem grupos de chat para estudantes da Universidade de Bolonha, onde as pessoas compartilham eventos e iniciativas.
Através de um desses, eu me juntei à Sociedade de Direito Internacional e me tornei gerente de debates. Eu trabalho com outros estudantes, e tem sido realmente empolgante. Sinto que a universidade te dá espaço para explorar seus interesses além do âmbito acadêmico.
Conselhos para Candidatos Internacionais
Bem, em primeiro lugar, não desista.
Quando me candidatei a Bolonha, não fui aceita na primeira rodada. Fiquei bastante chateada naquele dia. Fui colocada na lista de espera. Mas não parei — continuei procurando outras opções, continuei me preparando. Então fui aceita na segunda rodada.
Então, aqui está meu conselho:
Comece cedo. Você pensa que um ano é suficiente, mas passa voando.
Não desista se algo não funcionar na primeira tentativa.
Seja realista com suas notas e onde você se candidata, mas também não perca a esperança.
Tive problemas com o visto, atrasos e estresse. Cheguei à Itália muito tarde — em novembro — e realmente pensei em algum momento que talvez eu devesse ficar na Armênia. Mas minha mãe continuava me dizendo, Anna, você está indo em direção ao seu sonho. Não pare só porque está difícil agora. E ela estava certa.
Além disso, faça o máximo de atividades extracurriculares possível. Experimente coisas diferentes. Eu estudo finanças, mas também trabalho com diplomacia, direitos das crianças e liderança juvenil. Isso me ajuda a diversificar meus interesses e não me sentir presa. Finanças sozinho pode parecer um pouco chato, mas quando faço isso junto com coisas que amo, torna-se empolgante.
E, finalmente, não tenha medo de se candidatar para as coisas. O mundo é tão global agora. Há oportunidades em todo lugar.
Eu li histórias de outros estudantes antes, e elas me inspiraram durante meu próprio processo de candidatura. Agora espero que minha jornada inspire alguém a dar esse salto — talvez até para estudar em Bolonha.
