Olá! Meu nome é André, e sou um estudante de 19 anos de São Paulo, Brasil. Atualmente, estou cursando Jornalismo na Medill School of Journalism da Northwestern University. Neste artigo, vou compartilhar minha jornada de candidatura e como tem sido a vida desde que cheguei ao campus!
Minha trajetória
Estudei no Colégio Etapa, uma escola renomada em São Paulo. Frequentei a escola do ensino fundamental ao médio! Fiz parte de uma turma especial chamada "Advanced Placement", que está fora do currículo tradicional brasileiro seguido pelas turmas normais. Nessa turma, nos concentramos no currículo AP e no processo de candidatura para universidades nos EUA.
Por mais que eu adorasse a ideia de estudar no exterior, durante meus anos iniciais, segui o currículo brasileiro tradicional, o que me fez perder um pouco dessa vontade. No entanto, minha mãe (felizmente!) me lembrou que eu havia entrado na escola com o objetivo de ingressar na turma AP, e eu não iria desistir dessa ambição.
Por que os EUA
Meu interesse em estudar no exterior começou quando eu era criança, assistindo a vídeos de estudantes de design do MIT. Fiquei impressionado com o trabalho deles e sonhava em seguir um caminho semelhante.
À medida que cresci, descobri o currículo interdisciplinar das universidades nos EUA. Eu era uma criança com muitos interesses—embora adorasse as humanidades, também tinha paixão pelas áreas de STEM e percebi que as universidades tradicionais não me dariam a oportunidade de explorar múltiplos campos antes de escolher um, mas estudar no exterior ofereceria essa flexibilidade.
Além disso, a oportunidade de uma educação global realmente chamou minha atenção. A Northwestern oferece um programa chamado Global Journalism Residency, que permite aos estudantes de jornalismo passar um ano no exterior estudando jornalismo internacional. Fiquei impressionado com as incríveis oportunidades às quais eu teria acesso.
Minhas Estatísticas
Me formei com uma média de 9,0/10 e fiquei em 4º lugar entre 402 alunos da minha turma. Obtive uma pontuação de 1490 no SAT e uma pontuação de 150/160 no Duolingo English Test (DET).
Atividades Extracurriculares e Honrarias
Minhas duas principais atividades extracurriculares foram significativas no meu processo de candidatura. Primeiro, trabalhei como jornalista no Jovens Cientistas Brasil, uma organização dedicada a democratizar a linguagem e o conhecimento científico. Durante meu tempo lá, contribuí para mais de 50 artigos, sendo três deles publicados na Revista Exame, uma das maiores revistas do Brasil, alcançando mais de 600 mil leitores por mês. Segundo, desenvolvi uma forte paixão por relações internacionais participando de 11 conferências de Model United Nations (MUN). Fui premiado em 7 delas, o que destacou minhas habilidades de liderança, oratória e debate. Essas experiências me ajudaram a construir confiança e uma compreensão mais profunda das questões globais.
Minha maior honraria foi estar entre os 5 melhores vencedores na categoria LATAM da Harvard Crimson Essay Competition. Isso demonstrou minhas habilidades de escrita e linguística.
Por que Northwestern
A primeira razão pela qual escolhi Northwestern foi sua classificação universitária. Northwestern está consistentemente entre as melhores, e Medill é uma escola prestigiada. Eu queria estudar em uma universidade renomada—não apenas pelo prestígio, mas porque oferece a oportunidade única de estudar jornalismo de uma forma que se desvia do caminho tradicional de comunicação seguido pela escola de jornalismo.
A segunda razão foi a oportunidade de participar da Global Journalism Residency. Como estudante internacional, fiquei empolgado com a chance de experimentar um segundo país através da minha universidade.
Outro fator importante foram as numerosas bolsas de estudo disponíveis para estudantes internacionais. Dado o alto custo de frequência, Northwesternoferece substancial ajuda financeira.
A cereja do bolo na minha decisão de escolher NU foi a comunidade brasileira aqui. É um grupo ativo e engajado, e eles realmente se tornaram meus amigos. O sentimento de pertencimento que eles proporcionam é inestimável, e fazemos muitas coisas juntos. Ter pessoas do meu país é incrivelmente importante, pois elas oferecem a conexão mais próxima com o lar enquanto estudo no exterior. É revigorante falar minha língua nativa quando estou imerso no inglês o dia todo.
Eu tenho uma bolsa de estudos baseada em necessidade que cobre 98% dos meus custos de frequência, incluindo mensalidade, moradia e um plano de refeições.
Adaptando-se a um novo ambiente
As primeiras semanas foram compostas por uma mistura do International Wildcat Welcome, uma semana de orientação específica para estudantes internacionais, e do Wildcat Welcome, que é para todos os estudantes, tanto residentes dos EUA quanto internacionais.
Achei minha transição tranquila, pois durante minha primeira semana, eu estava principalmente rodeado por pessoas que, como eu, não estavam falando sua língua materna. Isso criou um senso de união, já que todos nos sentíamos no mesmo barco. Também tivemos uma sessão dedicada para estudantes recebendo auxílio financeiro, o que foi importante para mim. Estar em uma escola de elite rodeado por estudantes mais ricos às vezes pode fazer você se sentir deslocado, mas esse momento me ajudou a perceber que eu não estava sozinho enfrentando esses desafios.
Durante a semana de orientação geral, fomos agrupados com outros estudantes da Escola de Jornalismo, o que ajudou a criar um forte senso de comunidade desde o início.
Essas semanas realmente destacaram o quão diversa a Northwestern é, algo que eu estava procurando em uma universidade. Foi incrivelmente acolhedor sentir esse senso de diversidade logo de cara.
Equilibrando a vida e os estudos
No início, foi muito desafiador encontrar um equilíbrio. Um dos principais motivos era que eu não estava acostumado a ter aulas inteiramente em inglês. Embora eu tivesse algumas aulas de inglês no Etapa, eu sabia que se não entendesse algo, poderia mudar para o português. No entanto, na Northwestern, eu não tinha essa opção.
O segundo desafio foi a preparação antes da aula. Na minha antiga escola, não tínhamos "tarefas pré-aula", mas lá, tínhamos palestras e outras atividades para nos prepararmos antes da aula.
Mas conforme você se acostuma, fica mais fácil entender suas tarefas e no que realmente precisa se concentrar.
Amigos
Embora a maioria dos meus amigos seja brasileira, eu diria que a maior dica é se expor. Participe de clubes, aceite convites e seja você mesmo! É a melhor maneira de conhecer novas pessoas.
Eu entrei para o clube de MUN, e foi uma experiência adorável. Na semana passada, tivemos uma noite de pizza juntos e eu realmente gostei.