Olá! Meu nome é Astrid, sou do Peru e estudante do IB na UWC East Africa. Deixe-me contar algumas coisas sobre minha experiência no exterior.

O que é UWC

UWC (United World Colleges) é uma rede internacional de escolas com o mesmo propósito de fazer da educação uma força para unir pessoas, nações e culturas em prol de um futuro sustentável.

Todas as escolas e faculdades UWC reúnem estudantes de origens diversas, que são imersos em um programa acadêmico rigoroso (Bacharelado Internacional), integrado com oportunidades de aprendizagem experiencial e crescimento pessoal.

O programa dura dois anos, e os estudantes também aprendem sobre cidadania global, promovendo a compreensão e a empatia entre alunos de diversas nacionalidades.

O que me levou ao UWC

Eu estava prestes a me formar no Ensino Médio peruano e, honestamente, não sabia o que fazer com a minha vida. Como eu era uma aluna excepcional, muitas pessoas estavam estabelecendo padrões do que achavam que eu deveria fazer; no entanto, atender a essas expectativas não era meu objetivo. Na verdade, eu não tinha certeza se tinha um objetivo específico em mente e achava que precisava me conhecer melhor antes de dar o grande passo de decidir sobre um curso universitário.

Devido à minha grande quantidade de tempo livre, eu estava envolvida em trabalho voluntário e conectada ao mundo do ativismo, onde conheci muitos compatriotas incríveis e pessoas de todo o mundo. Lá, também conheci uma jovem simpática que me falou sobre o programa UWC e me incentivou a me candidatar – um evento que mudaria minha vida.

Para ser sincera, comecei a inscrição completamente sem esperança. Eu sabia que 800 pessoas estavam competindo por 8 bolsas de estudo, então eu estava cética sobre ser aceita (síndrome do impostor controlando minha mente naquela época). Naquele período da minha vida, eu estava muito acostumada a fingir para me encaixar em um ambiente, mas por algum motivo, optei por mostrar meu verdadeiro eu na inscrição do UWC e tenho orgulho de admitir que isso me fez ser aceita.

Me candidatei através do Comitê Nacional Peruano e pedi uma bolsa integral, então fui designada para o colégio da África Oriental.

Principais desafios

Adaptação ao meu novo ambiente: Como latina, eu frequentemente pensava que poderia estar falando rápido demais, sendo barulhenta demais ou rindo alto demais. Acho que essas e muitas outras coisas eram comuns no meu país e cultura; no entanto, eram muito diferentes em comparação com as de outras pessoas. Isso foi desafiador no início, sempre pedindo permissão e sendo extremamente cuidadosa com minha linguagem era uma tarefa diária, mas com o tempo, tornou-se normal e uma maneira incrível de aprender sobre respeito e a importância dos limites enquanto estava em um grupo tão diverso. Esse novo ambiente também me expôs a novas crenças, religiões e tradições que expandiram minha visão de mundo.

Currículo IB: Devo admitir que minha primeira introdução ao currículo IB depois de estudar com o currículo peruano (que é bastante completo, mas básico) foi um pesadelo! A primeira barreira que encontrei foi o idioma. Eu tinha estudado inglês por dois anos no Peru e tinha um nível de inglês coloquial razoável, mas meu nível acadêmico não era forte o suficiente, então tive dificuldades para entender alguns conteúdos e questões em testes por um tempo.

Quando superei essa barreira, a próxima foi o formato do IB. Ele faz você pensar mais além e profundamente para responder claramente (características de aprendizagem às quais eu não estava acostumada). O IB sempre espera que você responda de uma maneira específica, caso contrário, você recebe uma nota ruim. Eu diria que seus esforços não são proporcionais à nota que você recebe. De qualquer forma, há algumas coisas que aprecio neste currículo também; honestamente, acho que estou aprendendo muito sobre como pensar fora da caixa, analisar meus próprios erros e avaliar muitas situações. Entre nós, acho que vou lutar com o IB até o dia em que me formar; ainda assim, não me arrependo de tê-lo escolhido.

Saudades de casa: Sinto falta do meu país! Não moro com minha família desde os 15 anos; no entanto, quando estava no Peru, eu podia vê-los com bastante frequência. Atualmente, estamos a milhares de quilômetros de distância e, devido à minha situação financeira, não posso visitá-los durante todas as férias que temos aqui. A saudade de casa tem sido um dos desafios mais difíceis que tento superar assistindo frequentemente às notícias peruanas, fingindo que é uma manhã típica lá; fazendo videochamadas com minha mãe, irmão ou avó (quase todo mundo, na verdade); ouvindo rock peruano e até vendo memes peruanos. Essas pequenas coisas me fazem sentir mais perto de casa e aliviam minha tristeza.

Atividades além das aulas

A maioria das minhas atividades extracurriculares veio comigo do Peru. Minha favorita – que tem um lugar super especial no meu coração – é a Peer Reviews, uma organização que fundei para ajudar as pessoas com a parte escrita de qualquer candidatura. A Peer Reviews auxilia muitos estudantes com suas redações para faculdade, atividades extracurriculares ou currículos para programas. Tento ser o mais ativa possível, mas a diferença de fuso horário entre o meu local e o Peru às vezes complica as coisas; felizmente, minha equipe está sempre lá para me ajudar!

Por outro lado, também canto e estou aprendendo a tocar violão, piano e baixo devido ao curso de música que faço para o IB. Além disso, gosto de ir à academia, nadar e praticar yoga. Às vezes, também ensino espanhol ou inglês para pessoas locais.

Por fim, dedico meu tempo a ser coach na Enseña Peru, um programa de liderança peruano; meu trabalho na Latin American Leadership Academy; e a escrever!

Minha coisa favorita

Aprender sobre outras culturas é, de longe, a minha coisa favorita! Isso me ensinou a ser mais respeitosa e de mente aberta em um ambiente diversificado, mas acima de tudo, me deu amigos realmente bons. As pessoas aqui não têm medo de amar e estão constantemente me apoiando e apoiando uns aos outros em todas as situações que enfrentamos. Eu descobri a verdadeira amizade no UWC.

Planos futuros

Já concluí meu primeiro ano no UWC. Agora, vou participar do Yale Young Global Scholars durante o verão.

Por fim, também estou me concentrando na minha candidatura para universidades nos EUA. Faço parte do Cometa Camp, um programa peruano especializado em orientar estudantes sobre como se preparar para se candidatar a algumas das 9 melhores universidades dos Estados Unidos. Como participante, tenho acesso a apoio individual de saúde mental, feedback individual sobre redações para faculdades, preparação para exames internacionais, inscrição e apoio para viagens, além de orientação mensal para candidaturas universitárias, TUDO DE GRAÇA!

Estou super animada para continuar minha jornada no UWC e me candidatar às universidades dos EUA até o final do ano!

Espero que você tenha aprendido algo sobre o UWC e que eu tenha conseguido ajudar compartilhando minha experiência.