Minha história

Nasci no Cazaquistão, mas moro na Europa desde os dez anos de idade. Estudei em uma escola pública na Espanha do 9º ao 12º ano, então minha educação foi baseada no currículo nacional padrão. Mudei-me para a Espanha e comecei a estudar em espanhol apenas no início do 9º ano, mas ainda assim consegui me sair bem academicamente.

Depois de terminar a escola, recebi uma bolsa de estudos do governo, que me deu a oportunidade de estudar em qualquer universidade espanhola com cobertura total de despesas. Mesmo em universidades privadas, que são mais caras que as públicas, meus estudos teriam sido totalmente financiados. Mas na Espanha, encontrei um problema: precisava decidir imediatamente o que queria estudar. Meus pensamentos oscilavam. Por exemplo, considerei me tornar advogada, mas realmente não tinha ideia do que isso implicava. Naquela época, eu já sabia que estudar nos EUA era possível, mas tinha certeza de que era irrealista para mim. Muito complicado, muito confuso. Mas ainda assim, 4 meses antes do prazo, decidi me candidatar.

Resultados das admissões

Eu tinha opções de universidades na Europa - na Itália, França e Espanha, mas meu objetivo desde o início era a Ivy League. Entre elas, minha escolha sempre pendeu para Princeton - tornou-se minha primeira opção. Estudei profundamente sobre ela, li avaliações de alunos, pesquisei sobre o campus e investiguei as atividades da universidade. Também fui atraída pela forte ênfase deles em programas de graduação. No final, fui admitida em Princeton e fiquei na lista de espera da NYU.

Minha candidatura e atividades extracurriculares

Não me lembro exatamente da minha média, mas era por volta de 9,6 ou 9,7 em 10. Mas considerando que me mudei para a Espanha apenas no 9º ano, isso parece ainda mais impressionante. Vale ressaltar que eu tirei nota 7 (ou 70 em 100) em Educação Física no 9º ano. Então, se alguém estiver preocupado por não ter uma nota muito alta em artes ou algo semelhante, acho que as universidades não se importam muito. Mas eu era uma das melhores alunas da turma, e isso provavelmente importou.

Em relação ao SAT, eu optei por não apresentar, e marquei 112 de 120 pontos no TOEFL.

Acredito que a parte forte da minha candidatura foram minhas atividades extracurriculares; eu tinha vários projetos sem fins lucrativos e conquistas em negócios, todos dentro do escopo da atividade cívica. No entanto, não tinha nenhuma olimpíada ou trabalho de pesquisa. Muitas vezes as pessoas pensam que é importante ser presidente da escola ou da turma, mas não é necessário. No meu caso, o que foi importante foi o impacto positivo que tive na minha comunidade. Por exemplo, quando cheguei à escola, era imigrante e criei iniciativas que ajudaram estudantes estrangeiros em situações semelhantes.

Aspectos fortes da minha candidatura

Em primeiro lugar, acredito que consegui demonstrar meu forte desempenho acadêmico. A história sobre como me mudei para a Espanha destacou minha singularidade e mostrou minha capacidade de estudar e alcançar resultados impressionantes em um novo ambiente.

No entanto, isso foi apenas o começo. Dediquei muito esforço à escrita dos ensaios, tentando arduamente torná-los sinceros. Muitas pessoas querem se gabar de suas conquistas, mas isso nem sempre transmite a impressão de uma pessoa sincera e atenciosa. Acredito que consegui criar a impressão de que eu realmente me importava. Que para cada atividade que realizei, tentei abordá-la com o coração e verdadeiramente ajudar as pessoas. Quando você se envolve em atividades com motivação genuína, isso se reflete em seus ensaios de forma muito mais forte do que se você estivesse fazendo apenas para fins de admissão.

Auxílio financeiro

Meu auxílio financeiro inclui mensalidade, alimentação, moradia e seguro. Essencialmente, isso é uma cobertura total de todas as despesas, ou como é chamado, uma "bolsa integral". Eu também sei que muitos estudantes recebem cobertura para passagens aéreas. Geralmente, os estudantes podem ganhar dinheiro extra trabalhando no campus ou em um emprego de verão.

Primeiras impressões da universidade

Quando recebi minha aceitação de Princeton, fiquei realmente chocada, pois não esperava de forma alguma. Tal cenário nem sequer passou pela minha cabeça. Na minha escola, ninguém sequer considerava se candidatar à Ivy League ou estudar nos EUA. Geralmente, todos escolhiam Inglaterra, Espanha e Itália - lugares mais próximos de casa.

Por causa disso, eu temia que, ao chegar, me encontraria em um ambiente competitivo onde teria dificuldade em fazer amigos e me adaptar. Mas quando cheguei, fiquei surpresa porque as pessoas eram muito mais gentis, abertas e acolhedoras do que eu havia imaginado.

Então, toda a semana de orientação, e basicamente estes dois anos, têm sido simplesmente maravilhosos!

Escolhendo meu Curso e Vida Acadêmica em Princeton

Eu oficialmente escolhi meu curso de economia em abril desta primavera. Inicialmente, quando vim para Princeton, pensei que estudaria relações internacionais, mas então fiz uma disciplina de economia e realmente gostei. Ao mesmo tempo, fiz muitas disciplinas de língua e literatura francesa. No final, meu curso principal é economia, e terei especializações em francês e finanças.

Princeton é principalmente focada em estudantes de graduação, por isso a universidade está em primeiro lugar no US News para programas de graduação. Não temos faculdades de medicina ou direito. Existem programas de mestrado e estudos de pós-graduação, mas essa é uma parte menor da comunidade estudantil. A maior parte da atenção é dada aos estudantes de graduação. Portanto, você tem mais oportunidades de se conectar com os professores e visitar livremente seus horários de atendimento. Isso, na minha opinião, é uma grande vantagem de estudar em Princeton, porque os professores têm mais tempo e atenção para nós.

Carga acadêmica

Eu estudei em uma escola regular e não fiz A-levels ou programas IB, o que foi um dos motivos do meu medo ao me mudar para os EUA. Eu temia não ser capaz de lidar com esse nível de educação. Além disso, Princeton é conhecida por sua abordagem de avaliação - deflação de notas, embora agora se diga que é mais um mito. Mas em algumas aulas, obter um A não é tão fácil como, por exemplo, em Harvard ou Yale, que às vezes são mais flexíveis na atribuição de notas.

Agora estou administrando meus estudos muito bem. Frequentemente, até acho mais fácil com algumas matérias do que aqueles que as estudaram no sistema IB. Acho que tudo depende da pessoa, das matérias que ela gosta e assim por diante. E é bom que você não tenha disciplinas obrigatórias rígidas - você tem muita liberdade na escolha.

Claro, você precisa estudar muito, e todos ao seu redor estudam muito, mas tudo é administrável.

Campus e Vida Estudantil

Nosso campus é projetado para cerca de cinco mil estudantes. Isso é mais do que em algumas Faculdades de Artes Liberais, mas comparado a outras universidades, é pouco. A cidade ao redor do campus gira em torno da universidade, e no geral não há muitas opções de entretenimento externas. Mas o campus está sempre cheio de eventos e atividades, tornando a vida aqui interessante.

Quanto às festas, elas são frequentemente realizadas nos dormitórios ou nos chamados "clubes de refeições". Esses são lugares onde os estudantes mais velhos (terceiro e quarto anos), assim como alguns do segundo ano, podem comer em vez de ir ao refeitório. Alguns desses clubes exigem uma entrevista para admissão, enquanto outros aceitam estudantes por sorteio. É um lugar bastante elitista.

Um ponto positivo da localização é que Nova York fica bem perto. Este ano, tentei ir lá com mais frequência, pois a cidade está sempre cheia de vida e há sempre algo para fazer. Cheguei até a ir a um show do Morgenshtern.