Escolhendo uma universidade

Um fato interessante sobre minha jornada universitária é que primeiro estudei na KIMEP University no Cazaquistão por um ano antes de entrar na Minerva. Inicialmente, eu selecionava universidades com base na geografia. Eu queria estudar na Europa, mas não tinha certeza se havia bolsas de estudo disponíveis, então me candidatei para o que parecia bom. Na verdade, fui aceita em todas as escolas para as quais me candidatei, mas nenhuma me ofereceu uma bolsa suficiente, o que era um fator importante para mim. Foi assim que acabei matriculada na KIMEP e planejava me transferir mais tarde.

Então ouvi falar sobre a Minerva e pensei comigo mesma "O quê, isso é real? Essa é uma universidade de verdade?" Decidi me candidatar mesmo assim, mas não tinha ideia de quão rigorosa a escola era e quão baixa era a taxa de aceitação. Comecei minha inscrição em uma noite de outubro enquanto estava na KIMEP, mas deixei inacabada. Em cerca de quatro semanas, alguém da universidade entrou em contato comigo para verificar se estava tudo bem com minha inscrição. Foi quando percebi que a escola era realmente real e era hora de ter uma conversa com meus pais, o que é provavelmente a parte mais difícil: convencê-los de que uma universidade fundada em 2012 era melhor do que uma universidade prestigiada no Cazaquistão e me proporcionaria uma educação de qualidade, oportunidades de emprego e bolsa de estudos.

Minhas estatísticas e atividades extracurriculares

Minhas atividades extracurriculares eram tradicionais: recebi um prêmio de excelência (Altyn Belgi) no ensino médio, co-fundei um clube de sustentabilidade e participei do programa de intercâmbio FLEX. Durante o FLEX, também recebi alguns prêmios por voluntariado e me tornei finalista da semana internacional. Um dos meus projetos foi uma troca de livros sustentável, que se transformaria em uma troca de roupas, mas infelizmente, a covid aconteceu. Eu também era representante da cidade para o FLEX, o que me permitiu trabalhar em mais projetos em Aktau (cidade no Cazaquistão). Na minha inscrição, tentei usar cada prêmio para mostrar que realmente me importo em ajudar as pessoas e que sou boa nisso. O impacto geralmente era local, mas ainda era significativo para universidades tradicionais.

Falando especificamente sobre Minerva, tive que repensar minha inscrição, porque Minerva valoriza habilidades além do impacto. Não era exatamente o mesmo que enviei para outras universidades.

Estatísticas

• Obtive 8.0 no geral no IELTS. Acho que a seção de escrita foi 7.0 e o resto foi 8.5

• Não fiz o SAT, pois nenhuma das minhas escolas o exigia

• Meu GPA era 5/5. Recebi o "Altyn Belgi", que é concedido quando suas notas são perfeitas desde o Ano 1.

O que a Minerva procura nos candidatos

Eu trabalhei no setor de admissões da Minerva nos últimos três anos, onde tive a oportunidade de analisar muitas inscrições. Posso dizer com certeza que a Minerva valoriza o quão único você é, porque a Minerva é um programa tão singular em si. Sua crença fundamental é que as pessoas são tão diversas que vão se tornar melhores umas às outras, trazendo novas habilidades e conhecimentos que os outros não têm. Esse é também o argumento para viajarmos juntos para todos os países. Não se trata necessariamente de viajar, mas de como todos se envolvem em vários países e como aprendemos uns com os outros.

Eu gosto muito do exemplo de uma garota de Shymkent (uma cidade no Cazaquistão) que se candidatou tendo como uma de suas realizações o fato de ser vegetariana em uma comunidade muito conservadora e com forte cultura de consumo de carne. Isso é algo com que a Minerva se importaria, diferentemente de Harvard ou outras escolas mais tradicionais que priorizam números e pontuações. É um exemplo de como a Minerva valoriza a consciência contextual e sua capacidade de se destacar, indo além das expectativas sociais.

Vida estudantil durante os estudos remotos

Como moramos e viajamos juntos, o aspecto de interação entre os estudantes é muito maior do que no KIMEP. Não temos nossa bolha isolada de campus como muitas universidades tradicionais têm. A Minerva faz um ótimo trabalho em nos unir - no final da primeira semana, eu já conhecia pelo menos 80% das pessoas. Isso definitivamente remove o obstáculo de ter medo de se aproximar dos colegas mais tarde no semestre.

Ao mesmo tempo, o que eu realmente sinto falta é da interação com os professores. As duas aulas que eu realmente gostei no KIMEP foram aquelas em que os professores eram super envolventes, organizavam jogos e discussões em mesa redonda. Os professores da Minerva também são envolventes, mas tudo é online. Há muitas dicas, gestos e tons de voz que acabam se perdendo.

Uma grande parte da vida estudantil na Minerva é ser introduzido à vida adulta. Por exemplo, temos várias iniciativas lideradas por estudantes, mas não temos times esportivos. Se você quiser jogar futebol, teria que organizar um grupo, encontrar um campo de futebol em uma nova cidade, reservar o local, cuidar do preço, etc. É isso que estou fazendo agora com pilates, comecei no início de setembro e ainda estou fazendo com oito meninas. A Minerva realmente tenta te empurrar para fora da "caixa" universitária.

Viajando ao redor do mundo

No total, viajamos para 7 cidades: São Francisco, Londres, Hyderabad, Berlim, Seul, Taipei e Buenos Aires. Geralmente, você começa seu primeiro ano em São Francisco, e depois uma nova cidade é designada para cada semestre. A COVID definitivamente trouxe muitos problemas para as viagens, então infelizmente eu não pude ir para a Índia.

A Minerva aluga prédios inteiros em cada cidade, portanto, a moradia está incluída no seu pacote de auxílio financeiro, se você tiver um. Você também pode morar fora da residência estudantil, o que é chamado de "moradia independente". A universidade também auxilia no processo de visto para cada nova localização.

Se você não quiser ir para uma cidade específica, ou não puder devido a problemas de visto, você pode solicitar a mudança de local. O único problema é que a experiência de viagem da Minerva é um programa estabelecido, então desviar-se desse programa pode não ser o melhor para você. Se você pular uma cidade, não terá a experiência projetada pela Minerva.

Se você se candidatar à Minerva, você deve querer morar em cada uma dessas cidades. Definitivamente não é uma escola para todo mundo.

Auxílio Financeiro

O auxílio financeiro na Minerva é baseado na necessidade. Acredito que cerca de 90% dos estudantes recebem algum tipo de auxílio financeiro, e muitos deles recebem auxílio financeiro integral. Mas o auxílio não é exatamente como em outras universidades - ele cobre a mensalidade, moradia e algumas outras taxas, mas não cobre o seguro e as passagens aéreas. O seguro custa 500$ por semestre e está ficando mais caro. Acho que a razão pela qual esses últimos itens não são cobertos é que o custo varia muito. A Minerva tem um orçamento para despesas fixas (mensalidade, moradia, etc.), mas todo o resto é difícil. Ao mesmo tempo, não temos um fundo de doações (quando ex-alunos contribuem com doações), a universidade é financiada puramente por investidores, o que cria um orçamento apertado.

Outra parte do pacote de auxílio financeiro são os empréstimos, que você pode aceitar ou não. Esses empréstimos têm uma taxa de juros fixa. Você também recebe oportunidades de trabalho no campus, que são de 7,5 horas por semana com pagamento de $20 por hora. Esse estilo de trabalho nos acomoda bem, já que nossa carga de trabalho é enorme e não temos tantas horas livres. Eu trabalhei na equipe de Admissões por 3 anos e atualmente sou Assistente de Ensino. Há uma variedade de empregos, como tutoria, serviços estudantis, assistência residencial, marketing, etc. - todos remunerados. Muitos desses empregos são uma ótima adição ao seu currículo.

Conselhos para candidatos

É definitivamente importante saber o que você quer e tudo bem se não for Minerva. Minerva simplesmente não é para todo mundo e a melhor coisa que você pode fazer por si mesmo é refletir bastante e descobrir onde você quer estar daqui a cinco ou dez anos.