Moção para Iniciar Este Artigo—Aprovada!
Olá, meu nome é Jasmine! Sou de Galati, na Romênia, onde estudei humanidades durante o ensino médio. Agora estou cursando meu Bacharelado em PPLE (Política, Psicologia, Direito, Economia) na Universidade de Amsterdã, estando no segundo ano aqui.
Explorando Minhas Atividades Extracurriculares e Decisões
Minhas atividades extracurriculares não eram tão extraordinárias porque eu era apenas uma estudante do ensino médio, mas estou muito orgulhosa delas e de como me moldaram. Fui assistente na biblioteca por alguns meses e me eduquei em TI. Eu estava interessada em como poderia ganhar dinheiro, então comecei a adquirir conhecimento sobre o mercado de ações e investimentos, ficando muito interessada na área de economia.
Quando chegou a hora de me candidatar à faculdade, eu na verdade queria estudar medicina na Romênia, nem mesmo no exterior!
No entanto, percebi que o estilo de vida de um médico não era ideal para mim. Rapidamente decidi que queria ir para o exterior estudar política, psicologia, direito e economia (PPLE). O que me fez escolher este Bacharelado foi o fato de que eu ainda não havia decidido o que queria estudar, e era realmente atraente poder seguir com todas as quatro disciplinas e tomar a decisão mais tarde.
Era minha principal opção porque eles têm muitos programas de Bacharelado em inglês, e a mensalidade é relativamente acessível em comparação com o Reino Unido.
Como Funciona o PPLE
A Estrutura dos Meus Estudos
Há dois semestres no primeiro ano, e cada semestre é dividido em três blocos. Por bloco, você não terá todas as quatro disciplinas. Por exemplo, você estudará política e outra matéria no primeiro bloco, enquanto o seguinte pode consistir em direito e outro tópico.
No segundo ano, você decidirá sua especialização e se concentrará nela. Ao mesmo tempo, você também fará cursos das outras áreas, portanto, não esquecendo das disciplinas restantes.
Dentro da Sala de Aula
Raramente temos dias livres porque nossa agenda está cheia de aulas e tutoriais todos os dias. Após a aula, o cronograma ideal seria ir para um tutorial, que é um grupo formado por cerca de 14 pessoas onde você pode aplicar conceitos das aulas. Nos tutoriais, você tem discussões mais aprofundadas com seus colegas; você debate ideias, aplica teorias a casos reais e tem a oportunidade de fazer perguntas.
Eu acho que o PPLE é um programa desafiador, e o processo de aprendizagem é muito estruturado, estudando o material primeiro e discutindo a teoria depois. Por exemplo, para retórica, tivemos que analisar discursos e estudar as teorias por trás deles. Até fomos obrigados a fazer um discurso na frente da turma do tutorial com base no conteúdo que aprendemos, o que foi uma maneira muito criativa de se envolver com o assunto.
A Universidade de Amsterdã é uma universidade de pesquisa, então estudar aqui não se trata de memorizar teorias - trata-se de aplicá-las. Você tem que entender conceitos e ser capaz de discuti-los, porque os exames consistem em você aplicar teorias a novos casos para demonstrar sua compreensão. Os professores nos dão aulas, artigos acadêmicos e teorias, mas também temos que aplicá-los em nossas tarefas, ensaios e apresentações. Tudo é mais envolvente no segundo ano - somos designados para mais pesquisas, discussões aprofundadas e minha vida acadêmica e visão melhoraram muito em relação a um ano atrás.
Acredito que seja exigente ter que estudar quatro disciplinas ao mesmo tempo, mas acho que estamos acostumados com isso porque, no ensino médio, somos muito pressionados a fazer muitas atividades. Então, é principalmente difícil porque as disciplinas são ensinadas em nível universitário. O próprio PPLE exige muito. O sistema de notas é um grande choque. Aqui, um 7 é considerado uma boa nota, enquanto a nota mínima para passar não é 5, mas 5,5. Você só pode faltar dois tutoriais antes de ser retirado do curso.
Adaptando-se à Vida Universitária
No início, eu sentia que estava um passo atrás de todos os outros. Tive que trabalhar ainda mais para acompanhar, mas me acostumei rapidamente.
No entanto, o processo de exames foi intenso. Durante o exame de admissão, tivemos que ler três artigos de pesquisa acadêmica e ouvir uma palestra. Bem, essa é agora minha realidade diária, porque quatro vezes por semana, tenho que ler pesquisas acadêmicas. Cada bloco, desde a primeira aula até o exame final, dura cerca de um mês e meio, então você não tem tempo para procrastinar, porque precisa planejar seus exames desde o início.
Meu Projeto Mais Desafiador
O projeto de pesquisa mais difícil até agora foi com meus colegas, nossa equipe composta por quinze pessoas. Tivemos que começar com uma pergunta de pesquisa—algo que queríamos investigar e então encontrar um referencial teórico, o que envolveu pesquisar teorias existentes. Nossa principal tarefa era analisar diferentes teorias em discursos restaurativos e aplicá-las a um caso real.
Inicialmente, dividimos o trabalho em pequenos grupos, mas tivemos muita sobreposição no que estávamos escrevendo, então tivemos que reestruturar tudo várias vezes. Foi um processo constante de aprendizagem—tivemos que entrevistar professores e pesquisadores, gravar um podcast, selecionar discursos como estudos de caso.
Ganhamos muita experiência—não apenas em pesquisa, mas também no uso de software, na condução de entrevistas e na estruturação de trabalhos acadêmicos.
Você precisa ter a mente aberta.
Você vai ouvir opiniões diferentes, e não pode se dar ao luxo de ser teimoso. Você precisa expandir seus horizontes e entender de onde as pessoas vêm—seu histórico, suas experiências pessoais e por que elas têm certas crenças.
Eu também diria que a curiosidade é muito importante. Você tem que ser curioso e se manter atualizado sobre os eventos atuais.
Outra qualidade importante é ser atencioso. Não é seu trabalho "vencer" discussões ou menosprezar alguém só porque tem uma opinião diferente.
E, claro, confiança.
Como o Debate Me Moldou
O debate também é uma parte fundamental dos tutoriais. Constantemente compartilhamos e trocamos opiniões, e não se trata de discutir, mas de refinar ideias.
No início, eu era tímida.
Durante meus primeiros cursos, eu ainda estava me adaptando. Talvez eu não encontrasse as palavras certas em inglês em tempo real, e isso me deixava um pouco tímida. Agora que escolhi a trilha de política, estou rodeada por pessoas que compartilham meus interesses. Me sinto mais confortável no meu ambiente.
Também aprendi que os tutoriais são um espaço seguro para falar. Ninguém vai te julgar se você se manifestar. Me sinto confiante quando falo e somos encorajados a participar—isso até faz parte da nossa nota.
Fico fascinada com as coisas que meus colegas compartilham. Eles vêm de diferentes países e origens, então suas perspectivas são muito diversas; constantemente ouço novos fatos e ideias que nunca havia considerado antes. Já perdi argumentações, mas ter debates não é sobre ganhar ou perder, mas entender o assunto de maneira objetiva e correta.
Sim, 100%.
Não acho que seja meu papel vir aqui e criticar a política da mídia—estou apenas tentando entender o que está acontecendo. Não quero me limitar a pensar: "A política é ruim. Tudo é corrupto. Nada funciona."
A corrupção existe em todo lugar—você não pode escapar dela. Mesmo que você defenda seu país de origem, não pode ser teimoso e se recusar a reconhecer que certas coisas não estão funcionando.
O Processo de Admissão
Há três coisas que os responsáveis pelas admissões procuram:
Seu histórico escolar;
Um Certificado de Inglês (pelo menos nível C1);
Seu currículo.
A primeira vez que entrei em pânico sobre meu futuro foi no 2º ano do ensino médio, na primavera. Entrei em contato com uma empresa de orientação estudantil e conversei um pouco para ver qual seria a melhor opção para mim. Consegui um orientador estudantil chamado Artem. A partir daquele momento até o final do meu processo de admissão, tive a ajuda dele 24 horas por dia, 7 dias por semana. O processo de admissão foi muito longo porque começou no 3º ano do ensino médio, no final do outono, e continuou até maio do ano seguinte, pouco antes do meu exame final. Consistiu em três etapas, então foi um processo demorado.
Primeiro Passo: Envio de Documentos
Em setembro, você precisa se registrar nas plataformas e enviar documentos como seu currículo, certificados de inglês e históricos escolares de todas as séries. Você envia uma solicitação através do StudyLink (https://www.studielink.nl/), e a Universidade lhe enviará um link e seu número de estudante para que você faça o upload de todos os documentos necessários. Eles avaliarão se você está apto para o nível acadêmico deles.
Você precisa estimar sua nota final do ensino médio, com qual diploma, qual nível de matemática e como seria sua nota esperada no exame final. Muita ênfase é dada ao nível de matemática, e se você não estudou informática matemática durante o ensino médio (eu não estudei), você precisa fazer um teste suplementar para ser considerado para a matrícula.
Eu já tinha o certificado de inglês do 11º ano, mas tive que fazer o exame de matemática (OMPT-A), o que foi um fardo. Estudei por conta própria, e estava além do meu nível de matemática, mas passei.
Depois de enviar todos esses documentos, eles exigiram um plano de orçamento e um plano de cronograma. Eles queriam ver que eu estava ciente do custo de estudar na Holanda e que eu poderia pagar. Eles também queriam ver como eu iria organizar meu tempo para equilibrar universidade, vida pessoal e trabalho extra. Eles esperavam que os estudantes trabalhassem 32 horas/mês, além da frequência universitária. Além disso, eles também queriam ver como você incorporaria sua vida pessoal, hobbies e assim por diante.
Segundo Passo: Preparação para os Exames
Após enviar todos esses documentos, o segundo passo consistia em um exame. Recebi três artigos de pesquisa acadêmica e uma gravação de palestra e tive uma semana para ler e me preparar. O exame em si foi online.
Durou uma hora, com cerca de 20 questões de múltipla escolha. Três delas eram questões dissertativas baseadas nos artigos de pesquisa acadêmica e na gravação da palestra, com o objetivo de avaliar como eu construía argumentos e meu raciocínio.
Todos que fizeram esse exame foram classificados do melhor ao pior candidato (Numerus Fixus). Eles só aceitavam o número de candidatos para os quais tinham vagas, o que resultou na eliminação de muitos candidatos nessa etapa.
A etapa final, no final da primavera, foi a entrevista.
Escrevendo uma Declaração Pessoal Digna
Primeiramente, os responsáveis pela admissão querem ver que você está familiarizado com o programa que deseja estudar. Você precisa saber quais organizações estudantis eles têm e oferecer um motivo real para querer ir para lá. Eles leem centenas de cartas de motivação—por que a sua deveria se destacar?
Você precisa escrever algo que os convença de que você é realmente apaixonado pelo programa. O que eu escrevi, por exemplo, foi que venho de um país pós-comunista e sempre me perguntei como acontecem as transições políticas, então escolhi isso como meu tópico.
Sendo ao mesmo tempo emocional e formal, conectei o caminho político do meu país com política, psicologia, direito e economia. Isso ajudou minha candidatura a se destacar. Eles realmente querem ver sua curiosidade e seu motivo para escolher este programa. Não é apenas uma história; é também sobre como você conecta sua história à missão deles.
Cada universidade tem seu próprio processo de admissão. Por isso, recomendo fortemente que os futuros estudantes sejam muito organizados e criem uma tabela para cada programa de Bacharelado ao qual se candidatam. Eles devem acompanhar os prazos para envio de documentos de cada programa, porque se você perder um, eles o cortam da lista.
Adaptando-se a uma Nova Vida... E Rápido!
Eu não tenho bolsa de estudos - é comum as universidades europeias não as oferecerem, já que as mensalidades são acessíveis. No meu primeiro ano, tive que pagar €3471 de mensalidade, e no segundo ano, €5060.
No entanto, você pode receber algum dinheiro do governo se trabalhar. Se trabalhar no mínimo 32 horas/mês, pode receber um subsídio de cerca de €400-500. Além disso, se avaliarem a renda da sua família, você pode se qualificar para ainda mais apoio financeiro.
Aluguel: um Pequeno Problema?
É uma crise. Encontrar acomodação foi realmente difícil; meus amigos e eu já mudamos de lugar pelo menos duas vezes desde o nosso primeiro ano. Os aluguéis são muito caros, especialmente em Amsterdã, e um preço de sorte seria em torno de €800/mês.
É importante considerar isso e discutir com sua família para ver se estudar na Holanda é viável para você. Custos inesperados podem surgir, e o aluguel é um grande fardo. Só o aluguel é cerca de €1.000. Cobrir alimentação, transporte, aluguel, contas e saídas ocasionais soma aproximadamente €1.800-2.000/mês.
Primeiro Mês Morando no Exterior
Foi uma experiência muito interessante. Todos os meus amigos romenos se reuniam nos fins de semana em Haia. Sentíamos tanta falta de casa que passávamos tempo juntos, reclamando da saudade de nossas famílias e preocupados com nosso futuro, o que nos dava um senso de pertencimento—ter nossa cultura próxima nos ajudou a nos acomodar mais facilmente.
Ao mesmo tempo, era avassalador. Eu tinha que descobrir como fazer tarefas diárias, cozinhar para mim mesma, pedalar até a universidade e lidar com a vida de estudante. Enquanto isso, também tinha que assistir às aulas e tutoriais. O ritmo era muito rápido. Comecei a me sentir mais confiante durante a primavera, mas acho que estou mais confiante agora, no meu segundo ano, porque provei para mim mesma que consegui passar pelo primeiro ano.
Agora, também tenho outras atividades. Por exemplo, estou estudando alemão e me juntei a uma associação. Saio e pratico hobbies, o que é muito bom. Caso contrário, vou à academia, passo tempo com meu parceiro ou saio com meus amigos da universidade. Às vezes, também faço pequenas viagens com meus amigos.
Sim, após meu primeiro ano. O ritmo aqui é extremamente rápido. Você nem percebe o quão rapidamente as coisas acontecem.
Você se muda para um novo país, se instala em uma nova casa, começa uma nova vida, e antes que perceba, os exames estão a um mês e meio de distância. Se você tem projetos de pesquisa anteriores, tem que gerenciar esses também. É muita coisa.
Mas depois das férias de verão, me recuperei. Agora, priorizo minha saúde mental. Também aprendi a dizer não. Se alguém em um projeto em grupo sugere um prazo irrealista ou espera que eu trabalhe a noite toda, eu simplesmente digo: "Desculpe, não posso."
Você tem que proteger sua paz e estabelecer limites.
Meu Papel na EESA e Minhas Lições Valiosas
Sou coordenadora de eventos. Faço parte da diretoria como coordenadora de eventos da Associação de Estudantes do Leste Europeu (EESA).
Faço parte da diretoria com meus amigos, o que torna tudo ainda mais agradável. Isso me ajudou a melhorar minhas habilidades, expandir minha rede de contatos e aprender mais sobre planejamento de eventos e engajamento dentro da comunidade do Leste Europeu.
Também colaboramos com outras associações estudantis. Por exemplo, em dezembro, fizemos uma parceria com uma organização chamada European Horizons. A presidente deles é romena e conseguiu trazer da Romênia para Amsterdã Simina Tulbure, do Partido Político Romeno REPER.
Ela veio para realizar um debate sobre política romena e questões atuais. Agora, tenho contato direto com ela, assim como com a presidente da associação. Então, em termos de networking, essa tem sido uma oportunidade incrível.
Além do networking, a associação se tornou muito próxima do meu coração—parece meu pequeno projeto, e quero cuidar dele. Temos reuniões semanais da diretoria e planejamos eventos para o ano inteiro. Sou responsável pela logística dos eventos, então é divertido e exigente ao mesmo tempo.
Eu diria: seja confiante em todos os aspectos possíveis, mas ao mesmo tempo, trabalhe duro. A parte mais difícil de estudar no exterior não é realmente estudar, mas as coisas que você tem que aprender por conta própria. Você também precisa ser muito organizado e planejar seu futuro em termos de estudos, moradia—tudo.
Mas a confiança é fundamental porque, às vezes, a vida universitária pode parecer desanimadora. É tão exigente. Você também quer ter uma vida social e sente falta de casa. Mas você tem que ser corajoso e confiar que as coisas vão dar certo.
Mesmo em tutoriais e palestras, você ouvirá pessoas falando com tanta confiança que parecem incrivelmente inteligentes. Elas apresentam suas ideias com autoridade e, às vezes, isso pode fazer você se sentir como se não fosse tão bom quanto elas.
