Meu nome é Ayauly e tenho 20 anos. Sou estudante do segundo ano na Universidade Bocconi em Milão, Itália.
Processo de admissão
Comecei a considerar seriamente a ideia de me candidatar no exterior durante o 1º ano do ensino médio, quando a quarentena começou. Percebi a necessidade de me preparar com antecedência, dado o caráter desafiador do processo de admissão, que poderia exigir vários anos de preparação. Como resultado, comecei a participar de webinars sobre o processo de admissão e me familiarizei com os requisitos necessários.
No 2º ano do ensino médio, dediquei-me a me preparar para os exames SAT e IELTS, alcançando pontuações de 1510 no SAT e 7.0 no IELTS.
Quanto às atividades extracurriculares, sou uma dançarina profissional. Dançando desde os três anos de idade, sempre estive ativa além das atividades acadêmicas. Além disso, ganhei vários concursos internacionais de dança, o que sempre destaquei nas minhas candidaturas.
Academicamente, minha média geral é de 4,92 de 5,0, pelo que me lembro. Eu gostava particularmente de química e, durante o 1º ano do ensino médio, participei ativamente de projetos relacionados.
Fui membro do conselho estudantil por três anos, assumindo um papel de liderança na organização de eventos culturais. Além disso, participei da organização de conferências do Modelo das Nações Unidas (MUN) e fiz trabalho voluntário em um festival para crianças com deficiência.
Ao me candidatar à Universidade Bocconi, os documentos necessários incluíam notas e pontuações do SAT; alternativamente, era possível optar pelo teste de admissão da Bocconi. Uma carta de motivação também era obrigatória, com a opção de adicionar um currículo se desejado.
Universidades às quais me candidatei
Candidatei-me a várias universidades e bolsas de estudo: Stipendium Hungaricum na Hungria, Aalto University na Finlândia, Bocconi University na Itália, Nazarbayev University no Cazaquistão, University of British Columbia no Canadá e Türkiye Bursları na Turquia. Recebi ofertas de bolsa de todas, exceto da University of British Columbia, onde fui admitida sem bolsa.
Bolsas de Estudo na Bocconi
Quando você se candidata à Universidade Bocconi, você é automaticamente considerado para o Prêmio de Mérito Bocconi. Este prêmio, que eu atualmente possuo, reconhece a excelência acadêmica e cobre a mensalidade integral.
O Prêmio Internacional Bocconi, por outro lado, geralmente cobre apenas 50% da mensalidade. Embora eu inicialmente tenha recebido essa cobertura de meia mensalidade, achei financeiramente desafiador pagar o restante. Consequentemente, decidi não me matricular. Mas no último dia de matrícula, a universidade entrou em contato, perguntando por que eu não havia aceitado. Depois de explicar minhas preocupações financeiras, eles generosamente aumentaram minha cobertura para 100% e aguardaram minha matrícula.
Essa receptividade diz muito sobre a dedicação da Universidade Bocconi aos seus alunos. Conheço outras pessoas estudando na Itália que dizem que suas instituições nem sempre os apoiam ou respondem às comunicações. Em contraste, a Bocconi ajuda consistentemente seus alunos, algo pelo qual sou verdadeiramente grata.
Além disso, há a Bolsa ISU Bocconi. Esta não apenas cobre a mensalidade, mas também oferece um subsídio e oportunidades de emprego no campus. As inscrições para esta bolsa específica estão abertas em julho.
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Por que escolhi a Universidade Bocconi
Eu fiz trabalho voluntário e tenho ampla experiência trabalhando com pessoas com deficiência. A abordagem que uma universidade adota em relação à inclusão, especialmente para indivíduos com deficiência e minorias, é de grande importância para mim. Na minha carta de motivação para a Bocconi, destaquei esse aspecto da universidade. A Bocconi tem um departamento dedicado, "Diversidade, Equidade e Inclusão", que realiza eventos semanais com palestrantes convidados sobre esse tema. A universidade oferece recursos como rampas acessíveis para cadeiras de rodas, banheiros especializados e salas de aula projetadas para acessibilidade. Muitas universidades europeias em prédios mais antigos podem não ter esses recursos, mas a Bocconi tem, demonstrando seu compromisso com a inclusão.
Outro fator que influenciou minha decisão foi a reputação acadêmica da Bocconi. Quando me candidatei, ela estava classificada em nono lugar globalmente para negócios e gestão no QS World University Rankings, uma posição frequentemente ocupada por instituições da Ivy League.
A Vida em Milão
Quando cheguei a Milão pela primeira vez, não me apaixonei imediatamente. A cidade parecia suja, com um número significativo de turistas. A segurança em certas áreas estava comprometida. Entre meus compatriotas cazaques, eram frequentes as conversas sobre celulares perdidos, muitas vezes atribuindo os roubos à população imigrante. A resposta da polícia em Milão, e na Itália em geral, deixava muito a desejar. Frequentemente, ao relatar um celular perdido, eles respondiam: "Encontrem vocês mesmos, não é nosso problema." Essa preocupação com a segurança era um ponto negativo significativo para mim. Outro ponto negativo é que o transporte é bastante caro.
No entanto, também há inúmeros pontos positivos. A Itália é um país atraente tanto para turistas quanto para residentes. A culinária é deliciosa, e os italianos têm muito orgulho de suas tradições culinárias. Os italianos são geralmente prestativos e abertos. Houve uma ocasião em que minha amiga chegou atrasada para uma aula no início do ano letivo, quando ainda não conhecíamos ninguém, e um colega italiano ofereceu suas anotações, dizendo: "Vi que você chegou atrasada; pode tirar fotos das minhas anotações." No geral, os italianos são abertos, amigáveis e atenciosos. A maioria deles não demonstra preconceitos raciais, uma consideração importante para asiáticos que às vezes enfrentam desafios no exterior. Outra vantagem de estar na Itália é a abundância de lugares fascinantes para visitar.
Nota para os candidatos
De modo geral, ao se candidatar às universidades, não se estresse demais; as coisas geralmente dão certo. Lembro-me de me sentir sobrecarregada e ansiosa com minha candidatura, temendo não ser aceita em lugar algum. É particularmente desafiador em janeiro, quando amigos que se candidataram a universidades nos EUA começam a receber respostas. Isso pode fazer você se sentir como se estivesse atrasada, especialmente se estiver apenas começando seu processo de candidatura. Lembre-se de que esse é um sentimento típico e é importante não se comparar com os outros, já que a jornada de cada um é única. Concentrar-se em seu portfólio é muito importante. Pode parecer estranho, mas quando você se candidata a universidades, você está essencialmente se promovendo. É importante destacar seus pontos fortes e envolver o comitê de admissões. E mesmo se você não for aceita, não é o fim do mundo. Cada pessoa tem seu próprio caminho único.
