Meu nome é Anel e já se passaram nove meses desde que me formei no Barnard College da Columbia University.

A relação entre o Barnard College e a Universidade Columbia

O Barnard College é uma faculdade feminina dentro da Universidade Columbia. A relação entre essas duas instituições é muito interessante. Muitas pessoas não sabem que o Barnard College é uma das Sete Faculdades Irmãs em Nova York e é uma faculdade de artes liberais. O que diferencia Barnard de Columbia é que temos presidentes diferentes, sistemas de auxílio financeiro diferentes e temos nossos próprios departamentos para a maioria das disciplinas. No entanto, como estudante de Barnard, se você estiver se formando em ciência da computação ou disciplinas relacionadas à matemática, terá que fazer aulas em Columbia e, como estudante de Columbia, se quiser fazer aulas de dança ou teatro, você irá para o campus de Barnard. Em resumo, Barnard é uma mistura entre uma faculdade feminina de artes liberais e uma universidade, pois temos acesso total aos recursos da Universidade Columbia. Eu até recebi meu diploma com as assinaturas dos presidentes de Columbia e de Barnard. Em Barnard, temos nosso próprio pequeno campus e o campus de Columbia fica logo do outro lado da rua. O campus de Columbia é obviamente maior porque tem diferentes prédios para todos os departamentos. Além disso, eles têm 13 bibliotecas e dois grandes refeitórios e cafés aos quais todos os estudantes de Barnard têm acesso.

Meu processo de candidatura - estatísticas, tópicos de redação e meu desejo de frequentar uma faculdade feminina

Eu me candidatei ao Barnard College na Early Decision, porque eu realmente queria estudar lá e sabia que, se me candidatasse por ED, aumentaria minhas chances de ser admitida. Lembro que no nono ano, eu queria estudar em Columbia, mas depois não pensei nisso seriamente. Quando comecei a me preparar para a candidatura à faculdade, estava um pouco atrasada em relação aos outros alunos. Geralmente, os estudantes de países de língua russa começam a se preparar para as admissões universitárias um ano ou até dois ou três anos antes. Mas eu fiz isso quatro ou cinco meses antes do início das inscrições, incluindo a preparação para o SAT e o IELTS.

Na época, eu realmente não sabia muito sobre faculdades de artes liberais. Depois que comecei a estudar, entendi que nas LACs, eles dão mais atenção personalizada, já que há menos alunos e, em comparação com grandes universidades, os professores estão lá principalmente para ensinar, em vez de fazer suas próprias pesquisas.

Escolhi frequentar uma faculdade feminina porque sou uma feminista apaixonada e queria ver como seria um espaço dedicado apenas às mulheres. Embora parecesse diferente, não parecia que era só para mulheres. Como temos um campus compartilhado, você veria pessoas de todos os gêneros.

Meu SAT era bem baixo para uma universidade desse calibre - 1330. No entanto, eu o enviei. Minha pontuação no IELTS foi 7.5. Eu tinha um GPA perfeito de 5/5. Além disso, incluí o prêmio de primeiro lugar que ganhei na Olimpíada Nacional de Economia em Astana, Cazaquistão, e a medalha de bronze da Olimpíada Internacional de Economia, que aconteceu em Moscou. Quando me candidatei, mencionei que meu curso desejado era Economia, já que eu tinha esse background em economia. No entanto, me formei em Psicologia.

Eu fazia parte do Future Leaders Exchange Program (FLEX) e, como ex-aluna do FLEX, fiz alguns trabalhos de voluntariado e participei de workshops de educação cívica. Na escola, fui líder de classe por um ano e, por diversão, fazia parte do time de basquete. Além disso, fui voluntária em uma biblioteca pré-escolar lendo livros e trabalhei como assistente de professora na escola da igreja.

Quando comecei a estudar em Barnard, tentei pedir ao escritório de admissões para me devolver minha inscrição para ver o que teve um papel importante. Tenho quase certeza de que foi o GPA, porque Barnard se importa com isso, e minha declaração pessoal. No meu ensaio principal, escrevi sobre minha avó, especificamente sobre sua influência em mim. Escrevi sobre como ela e eu sofremos abuso doméstico, mas ao mesmo tempo, tentei não me vitimizar no ensaio. Em vez disso, isso me incentivou a ser mais forte, a me tornar a feminista que eu era na época e que sou agora. No final, mencionei que quero usar meu futuro diploma para obter recursos e conhecimentos suficientes para ajudar minha avó e outras mulheres que estão na mesma situação.

Auxílio financeiro na Barnard

Na Barnard College, recebi auxílio financeiro integral. Para ser transparente, parte disso consistia em empréstimos, e agora tenho que pagar cerca de 20 mil dólares. Sinto que meu auxílio financeiro teria sido diferente se eu tivesse me candidatado diretamente à Columbia, porque eles têm mais dotação e dinheiro. Embora a Barnard atenda 100% das necessidades demonstradas, eles consideram empréstimos como parte do auxílio financeiro. Então, acho que cabe a você decidir se quer aceitar isso. Obviamente, você pode negociar e talvez eu pudesse ter conseguido um acordo melhor e menos empréstimos se eu tivesse falado. Você definitivamente pode pedir mais dinheiro.

Por exemplo, lembro que quando estava me formando, precisava de algum dinheiro para alugar um apartamento e perguntei se poderia pegar emprestado algum dinheiro do escritório de auxílio financeiro. Muitas dessas coisas relacionadas a bolsas e auxílio financeiro estarão ocultas. Portanto, é importante simplesmente perguntar.

Alguns custos importantes que não foram cobertos pela universidade foram a taxa do visto e o transporte. Além disso, viver em Nova York é difícil, especialmente como estudante. Isso te limita de algumas maneiras, mas conforme você vai se adaptando à vida aqui, você encontrará formas acessíveis de sair com seus amigos.

Trabalho dentro e fora do campus

Como estudante, trabalho desde o meu primeiro semestre, começando com um emprego como assistente em uma oficina de figurinos de teatro. No entanto, meu principal trabalho durante todos os meus anos de graduação foi como babá, porque meu salário como babá começava em $20 por hora, o que era muito bom.

No verão após o primeiro ano, fiquei nos EUA e estagiei no Departamento de Relações com Ex-alunos e Comunicações. Além disso, trabalhei como assistente de ensino no Programa Pré-Universitário.

No meu segundo ano, durante os semestres, fui assistente de pesquisa nos Laboratórios de Economia Comportamental, e na Universidade Médica de Columbia, realizei pesquisas em neurociência com a ajuda de um estudante de doutorado.

Meu terceiro ano foi o momento em que eu estava trabalhando principalmente como babá e como assistente residencial, o que significa que eu morava no dormitório e era responsável pelos estudantes que viviam lá.

No último ano, não trabalhei no campus e comecei a fazer principalmente trabalhos de babá. Durante todos os empregos que tive, meu limite de horas de trabalho era de 20 horas.

Escolhendo meu curso - da Ciência da Computação à Psicologia

Embora eu fosse uma aluna olímpica em Economia, meu curso principal em Barnard acabou sendo Psicologia. Não tenho certeza se indiquei que queria estudar economia quando me candidatei à faculdade, já que Barnard não te direciona para o seu curso imediatamente. Seu primeiro ano é o ano para explorar e todos entram como indecisos. Todos os alunos começam o semestre com as bases do nosso programa, o que significa que você tem que fazer um conjunto de disciplinas em alguns departamentos para obter uma educação holística e explorar todos os departamentos. Há um requisito de programa de língua estrangeira, um requisito de matemática, um requisito de ciência digital e um de humanidades. Eu fiz todas essas aulas, incluindo aulas de psicologia, e achei que soava ótimo porque no ensino médio eu estava fazendo muita biologia e química. Até o segundo semestre do seu segundo ano, você tem que declarar um curso principal. Então, você tem três semestres para explorar o que quiser fazer e depois pode declarar.

No início, eu estudei ciência da computação, mas não gostei e, no fundo, senti que deveria escolher psicologia. No meu terceiro ano, quando só me restavam três semestres para me formar na faculdade, eu ainda continuava fazendo aulas de psicologia porque elas cobriam parte dos meus requisitos de Fundação. Mas ao mesmo tempo, no fundo da minha mente, eu estava pensando que queria fazer psicologia como curso principal, embora oficialmente eu estivesse estudando ciência da computação. Continuei fazendo aulas de psicologia e, perto do segundo semestre do meu terceiro ano, declarei que faria Psicologia como curso principal e me formei nele. Eu realmente amo psicologia e recentemente fui aceita em um Programa de Mestrado em Saúde Mental Global na Escócia. Em geral, estou interessada em psicologia clínica, especificamente desenvolvimento infantil e questões de saúde mental.

Como mencionei antes, meu primeiro trabalho de pesquisa foi em Economia Comportamental, que era uma mistura de psicologia e economia. Depois, fiz pesquisa em Neurociência, onde estudava o sono e como ele afeta o medo. Além disso, também entrei na nossa aula de seminário sênior, que se chamava Prática de Campo Clínico e tive que passar por um processo de candidatura para fazer essa aula. Uma parte dessa aula exigia que fizéssemos estágio em uma clínica de saúde mental ou com um profissional. Escolhi estagiar com uma psicanalista, que tinha sua clínica particular, e juntas, lemos transcrições das terapias dos alunos dela.

Atividades extracurriculares na faculdade

Em relação às atividades extracurriculares, além de pesquisa e estágios, eu estava muito envolvida em eventos de MUN (Modelo das Nações Unidas) no meu primeiro ano. Então, eu estava ajudando a organizar conferências do National Model UN para estudantes do ensino médio. Além disso, fui à Universidade Cornell para participar de debates. Depois disso, fiz parte de um clube chamado Athena Digital Design Agency, onde organizávamos aulas gratuitas para estudantes de Barnard que queriam criar sites. Também realizávamos vários workshops sobre design digital (por exemplo, em design de UI/UX) e conseguimos construir um ótimo coletivo de mulheres na tecnologia. Eu praticava esportes, mas não fazia parte das equipes atléticas.

Conselhos pessoais para estudantes

Meu conselho para futuros candidatos é usar a experiência universitária não apenas para criar conquistas quantificáveis, mas também para desenvolver suas qualidades pessoais e aprender a fazer networking. Honestamente, minha experiência na faculdade foi preenchida principalmente com trabalho em mim mesma. Então, novamente, aprenda a priorizar! Estudar e participar de diferentes clubes é ótimo, mas quando você se formar, precisará se expor no mundo real. Use esse tempo para aprender sobre si mesmo e descobrir quais são seus objetivos de carreira, seus valores e como você pode alinhar sua carreira e seus objetivos com seus valores.