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18 de setembro de 2025

Tornando-se um Cidadão Global: Minha História com AFS que me levou à UPenn

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Jana de Egypt 🇪🇬

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Do Egito para o Mundo: Minha Jornada Começa

Quando ouvi falar pela primeira vez sobre o programa AFS Global STEM Accelerators, nunca imaginei que um dia voltaria como facilitadora. Meu nome é Jana Saber, sou uma egípcia de 19 anos e recentemente fui oradora da turma do IGCSE. Por muito tempo, pensei que programas globais eram reservados para estudantes de lugares como os EUA, não para alguém como eu. Mas então percebi que outros de todo o mundo estavam se candidatando e entendi que não se tratava de ser mais inteligente — era sobre acesso.

Então me perguntei: por que não eu? Essa simples pergunta me impulsionou a me candidatar ao AFS Global STEM Accelerators e, mais tarde, à AFS Youth Assembly em Nova York — experiências que reformularam a maneira como vejo a mim mesma e meu futuro.

Descobrindo os AFS Global STEM Accelerators

Minha jornada com a AFS não começou com o programa que acabei por integrar. Inicialmente, candidatei-me aos AFS Global STEM Academies, que combinam aprendizagem online com um intercâmbio presencial. Investi muito nessa candidatura, mas quando não fui aceita, tive que decidir se parava por ali ou continuava tentando.

Pouco tempo depois, deparei-me com os AFS Global STEM Accelerators. Ao contrário das Academies, era totalmente virtual e criado especificamente para meninas que queriam enfrentar desafios globais através da STEM e da sustentabilidade. O que mais me empolgou foi a ênfase no impacto no mundo real. O currículo estava diretamente ligado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, então não estávamos apenas aprendendo teoria — estávamos aplicando ideias a questões que realmente importavam.

Outro detalhe que chamou minha atenção foi o credenciamento pela Universidade da Pensilvânia. Saber que eu receberia um certificado de uma instituição tão respeitada deu um valor extra ao programa.

Como estudante egípcia, eu não tinha visto muitas meninas da minha comunidade em espaços como esse. Isso fez com que a ideia de participar de um programa internacional — onde eu poderia compartilhar minha voz, aprender com os outros e crescer — parecesse especialmente poderosa. Mesmo que minha primeira candidatura não tenha dado certo, sou grata por não ter desistido de tentar. Os Accelerators se tornaram a verdadeira porta de entrada para algo muito maior do que eu jamais esperava.

O Processo de Candidatura

Quando vi a candidatura pela primeira vez, fiquei surpresa com o quão clara e acessível ela parecia em comparação com outros programas que te soterram em papelada. Ainda assim, enfrentei alguns obstáculos. O formulário pedia um GPA, que não existe no sistema britânico IGCSE que usamos no Egito. Tive que entrar em contato com a equipe de suporte da AFS, explicando nosso sistema de notas por letras e sugerindo que eu listasse minhas notas A* e A em vez disso. Felizmente, eles foram compreensivos.

A parte mais difícil foi a carta de recomendação. Vindo de uma escola pequena, a maioria dos meus professores não entendia para que servia ou por que era importante. Após algumas respostas desanimadoras, finalmente recorri à minha diretora, que também era minha professora de inglês. Ela me conhecia bem e concordou em escrever. Não era a carta mais forte, mas era sincera, e eu confiei que o resto da minha candidatura falaria por mim.

O que eu mais apreciei foi que a candidatura não exigia perfeição. As perguntas incentivavam a honestidade — questionando sobre meus interesses, objetivos e o tipo de impacto que eu queria causar. Mesmo com os obstáculos, o processo pareceu administrável.

Por Dentro do AFS Global STEM Accelerators

Assim que fui aceita, percebi rapidamente que isso não era como qualquer curso online que eu já tinha conhecido antes. Desde a primeira sessão, ficou claro que isso era mais do que um programa — era uma comunidade. Eu estava rodeada por garotas de todo o mundo, muitas de países em guerra ou conflito, e ainda assim estávamos ali aprendendo juntas, compartilhando nossas histórias e imaginando soluções.

O programa se destacou por sua interatividade. Discutimos mudanças climáticas, igualdade de gênero, energia renovável e inovação digital. Tudo estava conectado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o que deu um propósito real ao nosso trabalho.

A parte mais poderosa foi o Projeto Final. Cada participante projetou um projeto abordando um problema do mundo real. Para mim, foi ao mesmo tempo empolgante e intimidador. Eu sempre quis criar algo significativo, mas nunca soube por onde começar. Estranhamente, a parte mais difícil foi algo pequeno — nomear meu projeto. Esse único detalhe me fez duvidar de mim mesma mais do que qualquer outra coisa.

O que mais me ajudou foi minha mentora. Ela me guiou com paciência e encorajamento, frequentemente me lembrando que ela já esteve no meu lugar. Seu apoio me deu a clareza e a confiança que eu precisava para completar meu projeto.

Outro destaque foram as pessoas que conheci. Todos eram tão motivados que estar entre eles me fazia sentir valorizada. Pela primeira vez, senti que minha voz importava tanto quanto a deles. Até ganhei uma amiga próxima, Manal, que me apresentou ao voluntariado e novas oportunidades que abriram portas além do Accelerators.

Eu não queria que o programa terminasse. Ele me deu um senso de pertencimento que eu nunca tinha experimentado antes. Finalmente estava em um lugar onde minha voz era ouvida, onde minhas ideias importavam e onde eu estava rodeada por pessoas que me inspiravam a continuar.

Completar o programa me deu uma confiança que eu não conhecia antes. Foi minha primeira experiência global, e me impulsionou a crescer de maneiras que eu não poderia ter imaginado. É por isso que ser convidada de volta mais tarde como facilitadora foi tão significativo. Isso me permitiu retribuir, apoiar novas turmas de garotas e ajudar a criar o mesmo espaço seguro que uma vez me moldou.

Minha Jornada para a Youth Assembly

O que é a Youth Assembly

Quando ouvi falar pela primeira vez sobre a Youth Assembly, não sabia bem o que esperar. Eu sabia que era um programa internacional em Nova York onde jovens líderes se reuniam para discutir desafios globais, mas parecia algo muito além do meu alcance.

O que torna a Youth Assembly diferente é sua acessibilidade. Cada participante aceito recebe uma bolsa de até $2.500 para despesas de viagem. Para muitos de nós, incluindo eu, esse apoio tornou a participação possível.

O Processo de Financiamento e Visto

A bolsa não vem antes da viagem — você cobre as despesas antecipadamente e é reembolsado depois. No início, isso foi estressante, mas mostrou o compromisso dos organizadores em garantir que o dinheiro não fosse uma barreira.

Quanto ao visto, todos me avisaram que seria quase impossível. As pessoas diziam que eu seria rejeitada, que o processo era intimidante. Comecei a acreditar nelas. Mas quando realmente passei por isso, percebi que não era tão assustador quanto as pessoas faziam parecer. Isso me ensinou algo importante: não podemos viver pelos medos dos outros. Quando finalmente fui aprovada, eu soube — eu realmente iria para Nova York.

Construindo uma Comunidade Antecipadamente

Algo que eu não esperava era o quanto eu me conectaria com as pessoas mesmo antes do início da Assembleia. Depois de postar minha aceitação no LinkedIn, outros delegados entraram em contato. De repente, eu não estava mais sozinha. Compartilhamos nossa empolgação e ansiedades, e alguns de nós até coordenamos nossas viagens. Quando cheguei, já me sentia parte de uma equipe.

A Academia de Agentes de Mudança na UPenn

Antes de Nova York, passei alguns dias na Filadélfia para a Academia de Agentes de Mudança na Universidade da Pensilvânia. Não era uma preparação direta, mas nos deu ferramentas e confiança que levamos para a Assembleia.

O programa foi intenso, repleto de workshops, discussões e projetos em grupo. Um destaque foi o desafio de resolução de problemas de duas horas, onde tivemos que criar e apresentar uma solução sob pressão de tempo. Não foi apresentado como um treino para Nova York, mas aprimorou minha capacidade de pensar rapidamente, colaborar e apresentar — habilidades que usei na Assembleia.

Além das sessões, as pessoas se destacaram. Trabalhar com colegas de tantas origens diferentes me mostrou como nossas perspectivas eram diversas, mas também quanto tínhamos em comum. Até mesmo momentos pequenos, como reflexões noturnas com minha colega de quarto, tornaram a experiência mais equilibrada e acolhedora.

No final, me senti preparada e pronta. A Academia me deu uma noção mais clara do que esperar em Nova York e me apresentou a colegas que se tornaram parte da minha jornada. Estar na UPenn tornou a experiência ainda mais inspiradora, lembrando-me que nosso trabalho era importante.

A Assembleia da Juventude em Nova York

Chegar a Nova York foi como pisar em um palco maior. A escala era diferente de tudo que eu já tinha experimentado. Centenas de jovens líderes de todo o mundo se reuniram, cada um com perspectivas e ideias únicas. A energia era contagiante.

As sessões variavam de painéis com líderes globais a workshops interativos. O que se destacou foi o foco na ação — não apenas falar sobre problemas, mas explorar soluções que os jovens poderiam impulsionar. Foi um lembrete de que as vozes dos jovens não são apenas bem-vindas; elas são essenciais.

O networking foi uma grande parte da Assembleia. Cada conversa me dava novas ideias, novos contatos e novas oportunidades. Parecia menos um evento e mais como se juntar a uma rede global de agentes de mudança.

Um dos destaques foi visitar a Sede das Nações Unidas. Sentar naqueles salões onde líderes mundiais tomam decisões me lembrou que nós também fazemos parte da conversa global.

No final, percebi algo importante: AFS não é uma experiência única. Uma vez que você faz parte dela, continua se encontrando conectado de novas maneiras. A Assembleia da Juventude deixou isso claro — mesmo depois que as sessões terminaram, o impacto e os relacionamentos continuaram.

Como os Programas Globais Me Ajudaram a Crescer

Olhando para trás, esses programas me mudaram profundamente. Antes de participar, eu era tímida e insegura sobre minhas habilidades. Falar em público parecia impossível. Mas estar rodeada de garotas brilhantes e resilientes — muitas de países em guerra — me inspirou. Se elas podiam manter a esperança, então eu também podia.

Os Accelerators me deram autoconsciência e confiança. Aprendi minhas forças, limites e como me desafiar. Esse crescimento me ajudou a me formar como oradora da turma depois de fazer cinco A Levels — algo que ainda acho surreal.

A Youth Assembly levou o crescimento ainda mais longe. Sua escala e energia eram esmagadoras no início, mas me mostraram que o crescimento vem quando você se estica. Essas experiências não apenas me moldaram academicamente; elas moldaram meu caráter e me fizeram perceber que quero contribuir significativamente para o mundo.

Conselhos para Estudantes que Desejam se Candidatar a Programas Globais

Se eu pudesse dar um conselho, seria este: simplesmente candidate-se. Não se auto-rejeite. Eu tinha todas as dúvidas — e se eu não for bom o suficiente, e se eu não tiver experiência? Na época em que me candidatei, eu não tinha atividades extracurriculares além da natação. Mesmo assim, me candidatei e fui aceita.

Rejeição não significa que você não é capaz. Às vezes, é uma questão de números ou fatores fora do seu controle. E uma vez dentro, lembre-se: as conexões são tão valiosas quanto o programa em si. Muitas oportunidades que encontrei depois vieram diretamente de pessoas que conheci através do AFS.

Além do AFS: O Que Vem a Seguir

Olhando para o futuro, meu objetivo é estudar medicina e me tornar cirurgiã. Esse sonho parece muito mais realista agora por causa do AFS e da Youth Assembly. Eles me deram não apenas conhecimento, mas também confiança em mim mesma.

Também aprendi que o sucesso não é apenas pessoal. Trata-se de responsabilidade — contribuir para minha comunidade e para o mundo. Essa é uma mentalidade que quero levar para tudo o que faço.

Conclusão: Lições Que Perduram

Cada etapa — desde o AFS Global STEM Accelerators, passando pela Change Makers Academy, até a Youth Assembly — se construiu sobre a anterior. Juntas, elas me moldaram em alguém mais confiante, autoconsciente e determinada a criar mudanças.

Entrei insegura de mim mesma, mas saí com habilidades, amizades e um senso mais forte de responsabilidade. Agora sei que o crescimento vem de sair da zona de conforto, dizer sim mesmo quando se está com medo e permitir-se ser inspirada.

A AFS me ensinou que, uma vez que você se junta a essa comunidade global, você nunca está verdadeiramente fora dela. As oportunidades, conexões e lições continuam a moldar você muito tempo depois do fim do programa.

Para mim, isso é apenas o começo. Espero estudar medicina, me tornar cirurgiã e continuar contribuindo local e globalmente. Mas não importa para onde eu vá, levarei comigo as lições que aprendi: que a coragem importa mais que o medo, que a rejeição nunca é o fim e que todos nós temos o poder de criar mudanças — se escolhermos agir.

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✍️ Entrevista por

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Nadine de Egypt 🇪🇬

Jana Saber, 19-year-old Egyptian changemaker, shares her journey from AFS Global STEM to the UN Youth Assembly, offering lessons on resilience, opportunity, and global connection.

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